quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Uma Verdade Inconveniente

Um legítimo "faça o que eu digo mas não faça o que faço":

Last night, Al Gore’s global-warming documentary, An Inconvenient Truth, collected an Oscar for best documentary feature, but the Tennessee Center for Policy Research has found that Gore deserves a gold statue for hypocrisy.

Gore’s mansion, located in the posh Belle Meade area of Nashville, consumes more electricity every month than the average American household uses in an entire year, according to the Nashville Electric Service (NES).

In his documentary, the former Vice President calls on Americans to conserve energy by reducing electricity consumption at home.

(...)

“As the spokesman of choice for the global warming movement, Al Gore has to be willing to walk the walk, not just talk the talk, when it comes to home energy use,” said Tennessee Center for Policy Research President Drew Johnson.

In total, Gore paid nearly $30,000 in combined electricity and natural gas bills for his Nashville estate in 2006.


Veja a matéria na íntegra lá no Chattanoogan.com e respota de Al Gore lá no Free Exchange

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Quote of the day

Em um dos textos para a Monografia, uma interessante distinção entre "knowledge" e "information":


So, for example, the few hundred pages of demonstration of the last Fermat theorem would come under the heading of "information". Granted that, only some dozens mathematician in the world will have the adequate "knowledge" to understand and evaluate it. On the other hand, a chimpanzee, facing those same pages of information might just feel like eating them, and the vast majority of humans being would fall somewhere in between these two extremes. Similarly a manual on "how to produce microprocessors" is "information", while knowledge concerns the pre-existing ability of the reader to understand and implement the instruction contained therein.¹

O mais interessante é ver os autores estabelecerem graus de inteligência entre "chimpanzee" e "mathematician".

______
¹ Texto extraído do paper "Economics and Technology" (Giovanni Dosi, Luigi Orsenigo and Mauro Sylos Labini)

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Eu já sabia!

sábado, 17 de fevereiro de 2007

A Teoria do All Star

Menina_de_All_Star_Azul: Que horas são, por favor?!
Anônimo_Incógnito: Hora de você ir tomar sorvete com suas amigas...
Menina_de_All_Star_Azul: Como você sabe que eu vou tomar sorvete com minhas amigas?!
Anônimo_Incógnito: Porque é domingo e 3:00 horas da tarde...
Menina_de_All_Star_Azul: E o que isso tem a ver?!
Anônimo_Incógnito: Ora... Toda menina de All Star Azul gosta de tomar sorvete com as amigas domingo as três horas da tarde...
Menina_de_All_Star_Azul: ...?!!!!
Anônimo_Incógnito: Não se assuste, é que eu tenho uma teoria sobre o comportamento de cada menina de acordo com a cor do All Star que ela usa...
Menina_de_All_Star_Azul: Hummmmm.
Anônimo_Incógnito: ...
Menina_de_All_Star_Azul: Sabe, eu estava pensando em comprar um vermelho.
Anônimo_Incógnito: To vendo... Começando a mascar muito chiclete, né...?!
Menina_de_All_Star_Azul: Como você sabe?!
Anônimo_Incógnito: Faz parte da transformação... Quando meninas de All Star azul pensam em se tornar meninas de All Star vermelho, elas começam a mascar muito chiclete...
Menina_de_All_Star_Azul: Uau! Você tá começando a me assustar.
Anônimo_Incógnito: Eu sei... Meninas de All Star azul não gostam de meninos topetudos... Ao contrário das meninas de All Star amarelo...
Menina_de_All_Star_Azul: Meninas de All Star amarelo gostam de meninos topetudos?!
Anônimo_Incógnito: Na verdade, gostam de meninos estranhos... Ou seja, eu fico irresistível pra elas...
Menina_de_All_Star_Azul: Hahahaha! Você é muito convencido!
Anônimo_Incógnito: Não mais que você, que é uma menina de All Star Azul. Aposto que está pensando que eu estou cantando você...
Menina_de_All_Star_Azul: E está?!
Anônimo_Incógnito: Se você fosse uma menina de All star preto, saberia...
Menina_de_All_Star_Azul: Hummm.
Anônimo_Incógnito: ...
Menina_de_All_Star_Azul: Bem, a conversa está agradável, mas, como você mesmo sabe, eu estou atrasada.
Anônimo_Incógnito: Só estaria pontual se fosse uma menina de All Star verde... Até mais, então...
Menina_de_All_Star_Azul: Ah! Só mais uma coisa! Hoje eu tenho uma festa! Acha que eu devo ir de all star ou salto alto?!
Anônimo_Incógnito: Não sei... Você quer ficar uma gracinha ou quer ficar mais alta, desengonçada, andando esquisito e desconfortável...?!
Menina_de_All_Star_Azul: Ok, ok. Entendi o recado. Tchauzinho!
Anônimo_Incógnito: Até...
Anônimo_Incógnito: ...
Anônimo_Incógnito: ...
Anônimo_Incógnito: Ai ai... Meninas de All Star azul tem o péssimo costume de deixar saudades...

postado originalmente - neste blog -

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Sobre atitudes

"Arrastado por quatro bairros do RJ, morto, destroçado por bandidos e mais uma vez.. NÃO VAMOS FAZER NADA?"
Eis aí a capa da Veja dessa semana (14.02). Eu nem queria postar nada sobre esse tema por aqui, visto que além de desagradável (lastimável, entre outros adjetivos que nos remetem a coisas/fatos demasiadamente tristes), já há muitas (e eu diria centenas) de críticas, opiniões, achismos e afins web afora sobre isso. Mas não me contive ao ver a manchete da capa acima exposta.
Para mim, há muito a Veja deixou de ser um veículo de comunicação imparcial (hã?! o que é isto?) como todos deveriam ser. Nas últimas eleições presidenciais, apesar da minha antipatia para com o "Apedeuta", suportava com pesar capas e mais capas que buscavam (em vão) redicularizá-lo. Mas isso era política, e a gente infelizmente já está acostumado ao lamaçal pútrido que o é a nossa política (e eu já nem iria ficar surpreso se visse na capa do dia 29.10.2006 - dia das eleições no 2° turno - algo como: "Vote 45!").
Agora, se aproveitar da desgraça alheia para expôr na capa uma matéria que para mim soa um tanto quanto sensacionalista (!!), isso extrapola todos e quaisquer limites éticos, profissionais e, acima de tudo, do bom senso. Isso, sem avaliar pormenorizadamente a indagação: "Não vamos fazer nada?" Ora, o que nos resta a fazer senão, com muito respeito, expôr nossos sinceros sentimentos à família e concentrar esforços para que haja, o mais rápido possível, uma (re)humanização da sociedade (ou será apenas dos marginais e delinquentes?), e uma revisão de conceitos e valores que há muito foram esquecidos?!
Vamos sair às ruas, protestar, blá blá blá? Que resultados práticos isso trará? Aí alguns de vocês podem dizer: "Redução da menoridade!" ou, alguns mais radicais "Pena de Morte!". Mas eu não penso que hoje um menor infrator ao completar seus 18 anos se conscientiza: "Ah, agora já posso ser preso. Não vou mais infringir a lei". E sobre a pena de morte, isso envolve inúmeros outros fatores que fogem ao desígnio deste post.
A meu ver, reprimir não é a solução, nunca foi e nunca será. A "verdadeira solução" está em evitar situações como esta e isso só será possível através de uma educação melhor, de uma assitência médica melhor, de (políticos fazerem) políticas melhores no sentido de melhorar a distribuição de renda entre tantos outros fatores e cofatores que contribuem direta e indiretamente para a formação dos cidadãos (se é que assim podemos denominar os que cometem crimes horripilitantes tais como este que abalou o Brasil). O problema não está em "o que vamos fazer agora?", mas sim em "o que deixamos de fazer?".
Será que amarrar os condenados e arrastá-los por 7, 14, 28, 70, 700,... km, ou, condená-los à morte, ou, condená-los a prisão perpétua iria trazer o garoto de volta, ou, iria amenizar a situação da família, ou, iria resolver a criminalidade no Brasil? Se a família almeja por vingança, essas penas iriam apenas confortá-las em uma mínima escala, mas nunca chegariam perto de trazer uma solução prática para tantos outros que morrem por aí também vítimas da violência e devassidão que hora nos circunda.

brazilian yin - yang ?















Quer saber mais (ou não) sobre yin yang?
Aqui neste link tem tudo que você precisa!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Happy Valentine's Day

Nada como uma boa "visão economista" sobre os fatos:

"TODAY for Valentine's Day, millions and millions of couples will attempt to go to dinner at the same restaurants, purchase the same roses, and give each other the same boxes of candy. As a result, the prices of these things, particularly the dinner and the roses, will skyrocket."

Para ler o post na íntegra clique aqui, que é pra lá de interessante!

Sobre Números

Para quem se espantou com lucro líquido do Bradesco em 2006, que ultrapassou a marca dos R$ 5 bi, e quase teve um enfarto quando viu o recorde da Petrobrás com seus R$ 25 bi, o maior lucro da história entre empresas da América Latina (maior até que o orçamento do Ministério da Saúde)¹, acalme-se! Isso não é nada perto do déficit comercial dos EUA no mesmo período, que aliás, também atingiu um novo recorde: US$ 763,6 bi (!!!)
Isso tudo enquanto nosso salário mínimo continua nos R$ 350,00.

Obs.: Que fique bem claro que o objetivo dessa nota não é comparar lucros ou déficits, mas tão somente apontar (vislumbrar e por que não admirar!!) a magnitude e/ou discrepância entre estas cifras.

¹ Segundo o Blog do Sayeg

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Links Bacanas #2

1. Veja a previsão da Folha para o nível de radiação solar na superfície da Terra em todas as capitais;

2. Obras de arte em cubo mágico;

3. Google minus 10 - Como era o Google há dez anos atrás;

4. Qual é a sua cor preferida? Color in Motion deixará você por dentro dos principais atributos de cada cor.

Google Master Plan



Vídeo amedrontador!
Para saber mais sobre, acesse:
www.masterplanthemovie.com

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Carnaval está aí


E agora, pra onde fugir?

Não que o carnaval seja de todo ruim, mas tem alguns detalhes que realmente incomodam. O principal é que o país fica de cabeça para baixo, invertem-se descaradamente os valores. Eu explico meu ponto de vista:

A bandana: comumente usada na cabeça, passa para qualquer parte do corpo, principalmente braços e pernas, pode ser no cotovelo, no ombro, no joelho..vale tudo.

O cadarço do allstar: um fato estranho notado apenas nos dias de carnaval é que o cadarço do allstar é colocado “de cima para baixo”, sim, o amarrado fica na ponta do tenis, e de quebra ainda tem apetrechos coloridos nele, como bolinhas, quadradinhos e pininhos de latinha (só os coloridos). Ainda pode-se usar dois tênis de cores diferentes com cadarços de cores igualmente diferentes.

O dinheiro: o brasileiro gasta dinheiro no carnaval! (e vira rei por causa disso)

As dancinhas: qualquer movimento, mas qualquer mesmo, pode ser uma dança viável para não ficar parado no carnaval, não importa se ele (o movimento) foi inventado na época da macarena, do tchân, ou se você está inventando um para o futuro. Mecha-se.

As músicas: assunto delicado, elas só duram durante o carnaval, mas parece que isso é totalmente aceitável para os foliões, é algo como as férias de verão para os norte-americanos (base para os milhões de filmes da sessão da tarde). Viram lendas depois.

As fantasias: aqui pela região não é muito comum as pessoas disfarçarem-se de pavão, mas sempre tem uns, tem também aquelas mulheres que esquecem as fantasias em casa e vão para o carnaval peladas achando que estão vestidas quando na verdade só tem um cocar na cabeça.

E finalmente..

Os efeitos pós-cerveja e pós-contágio do vírus brasilian-mothafuckincrazycarnavalensis são tolerados em certa parte, o pior mesmo são os atos planejados, como alguns acima citados.

(ps: começar a beber em casa não é desculpa)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Economics Joke

De algum lugar da blogosfera:

Three guys decide to play a round of golf: a priest, a psychologist, and an economist.

They get behind a *very* slow two-some, who, despite a caddy, are taking all day to line up their shots and four-putting every green, and so on. By the 8th hole, the three men are complaining loudly about the slow play ahead and swearing a blue streak. The priest says, "Holy Mary, I pray that they should take some lessons before they play again." The psychologist says, "I swear there are people that like to play golf slowly." The economist says, "I really didn't expect to spend this much time playing a round of golf."

By the 9th hole, they have had it with slow play, so the psychologist goes to the caddy and demands that they be allowed to play through. The caddy says O.K., but then explains that the two golfers are blind, that both are retired firemen who lost their eyesight saving people in a fire, and that explains their slow play, and would they please not swear and complain so loud.

The priest is mortified; he says, "Here I am a man of the cloth and I've been swearing at the slow play of two blind men." The psychologist is also mortified; he says, "Here I am a man trained to help others with their problems and I've been complaining about the slow play of two blind men."

The economist ponders the situation-finally he goes back to the caddy and says, "Listen, the next time could they play at night?"

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Reestruturação na Língua Portuguesa

Spam recebido qualquer dia desses:

Eis aqui um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica. Em vez de melhorar o ensino, vamos facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo. Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma gradual.

No primeiro ano, o "Ç" vai substituir o "S" e o "C" sibilantes, e o "Z" o "S" suave. Peçoas que açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O "C" duro e o "QU" em que o "U" não é pronunçiado çerão trokados pelo "K", já ke o çom é ekivalente. Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika.

Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko "H" mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O "CH" çera çimplifikado para "X" e o "LH" pra "LI" ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como "onra" fikem 20% mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe.

Da mesma forma, o "G" ço çera uzado kuando o çom for komo em "gordo", e çem o "U" porke naum çera preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em "tigela", uza-çe o "J" pra façilitar ainda mais a vida da jente.

No terçeiro ano, a açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que alem de desneçeçarias çempre foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komovirgulas dois pontos aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio já vaum tarde.

No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Os karioka talvez naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de falar xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo. Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio mas ai tambem ja e eskuliambaçaum.

No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i ai im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum eli ki e muito milio çertu? os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.
Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolojika todu mundu vai iskreve sempri çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu ate us jornalista us publiçitario us blogeru us adivogado us iskrito i ate us pulitiko i u prezidenti.

Olia ço ki maravilia!!
Thanks to Ctrl+C/Ctrl+V, por me poupar de cometer uma "senhora" chacina!!

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

"Moda Dunga"

Saiu na Folha

Após derrota do Brasil, blogueiros ironizam a "moda Dunga"
Apontador de jogo do bicho. Agostinho da "Grande Família". Catálogo da Suvinil. Não foram poucos os apelidos que o técnico Dunga e sua vestimenta ganharam na blogosfera após a derrota da seleção brasileira para a esquadra portuguesa ontem, em Londres.
"O destaque brasileiro com certeza foi a camisa estampada".
"Baile do Havaí no estádio do Arsenal?"
"Alguém tem que urgentemente mandar ele colocar o agasalho da seleção"
"Dunga ganhou o prêmio do Cafona do Ano!"

Também, pudera né!! Olhem só a situação do indivíduo..

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Gestão Empresarial

por Max Gehringer

Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso portal. Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:

- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?

- No céu.

- No céu?...

- É.

- Tipo assim, o céu. Aquele com querubins voando e coisas do gênero..?

- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.

Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular), a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na curva. Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa. E foi aí que o interlocutor sugeriu:

- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico.

- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?

- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.

- Assim? (...)

- Pois não?

A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro. Mas, a executiva havia feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:

- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...

- Executiva... Que palavra estranha. De que século você veio?

- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo "executiva"?

- Já ouví falar. Mas não é do meu tempo. Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial.Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.

- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.

- É mesmo?

- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?

- Ah, não sabemos.

- Headcount, então, não deve constar em nenhum versículo, correto?

- Hã?

- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aquí vai acabar virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.

- Que interessante...

- Depois, mais no médio prazo, assim que os fundamentos estiverem sólidos e o pessoal começar a reclamar da pressão e a ficar estressado, a gente acalma a galera bolando um sistema de stock option, com uma campanha motivacional impactante, tipo: "O melhor céu da América Latina".

- Fantástico!

- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização de um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.
- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele existe,certo?

- Sobre todas as coisas.

- Ótimo. O passo seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado telestérico por exemplo, me parece extremamente atrativo.

- Incrível!

- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai
resultar em um turnaround radical.

- Impressionante!

- Isso significa que podemos partir para a implementação?

- Não. Significa que você terá um futuro brilhante ... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno...

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Le Parkour - Alguns Esclarecimentos

Andam perguntando por aí o que é Le Parkour. Então, no ápice da minha bondade (apesar de alguns insistirem em afirmar que em mim não há) e crente em uma fé insana que um dia isso poderá ser convertido em um boom nos Entrance Bounce Rates do blog, resolvi tentar explicar o que é. No entanto, é do conhecimento de muitos que à mim não foi dado o dom da explicação em seu level máximo, sendo assim, o farei da melhor maneira possível com um belo de um Ctrl+C/Ctrl+V (e eu insisto em apertar a tecla Ctrl quando o que quero é apenas escrever "Ctrl"):

O que é Parkour?
Do ponto de vista físico, parkour consiste em você ir, da forma mais eficiente ou rápida possível, de um ponto (A) para um ponto (B) do ambiente, superando os obstáculos que encontrar no trajeto, usando apenas as possibilidades oferecidas pelo seu corpo, preservando a integridade física, sempre com criatividade, objetivo, fluidez e agilidade, em qualquer ambiente, seja na cidade, seja em ambientes naturais.
Do ponto de vista “filosófico”, o parkour, inspirado no método natural de Georges Hebert, compreende idéias como: ser forte para ser útil e durar.
Consiste também em preparar a mente para superar os obstáculos vencendo seus medos e inseguranças, transpondo isso para outras esferas da vida. O objetivo será sempre o desenvolvimento pessoal e coletivo, e o espírito de companheirismo e objetivos dos praticantes não dão espaço para nenhum tipo de competição. Do nosso ponto de vista, a preparação da mente é o ponto central da superação no parkour. Entretanto, essa preparação se dá durante a repetição da prática, dos exercícios físicos e técnicos e nas descobertas pessoais que o parkour proporciona.


ou ainda:

Parkour, ou Le Parkour (paʁ.'kuʁ, freqüentemente abreviado PK) é uma disciplina física de origem francesa em que o participante — chamado de traceur (/tʁa.'sœʁ/), ou traceuse no feminino — passa por obstáculos da maneira mais rápida e direta possível, usando várias técnicas como pulo, rolamento e a escalada/buildering.
Seu nome vem do francês parcour, que significa percurso, trajeto.
Os obstáculos podem ser em qualquer ambiente, mas é mais praticado em áreas urbanas por causa de muitas apropriadas estruturas públicas como prédios e muros.
A prática constitui uma arte composta pelo conjunto físico e mental que inspira seus praticantes pelas diversas capacidades humanas que pode desenvolver. Lida com o auto conhecimento respeito aos próprios limites, mas com o foco na evolução pessoal constante. Essencialmente, na parte física, Parkour é a utilização de seu corpopara se movimentar com eficiência, e não ser impedido por um obstáculo a sua frente.
Em sua essência, Parkour é a arte do movimento ou a arte de ser útil com o movimento. Busca a utilização de movimentos eficiêntes, que levam seu praticante de um lugar ao outro, utilizando somente o que seu corpo pode oferecer. Por isso, movimentos como saltos mortais, giros, e outros que focam na estética não condizem com o seu propósito principal, e segundo as vertentes mais puristasde seus praticantes, não fazem parte de sua prática.


Fonte: Le Parkour Brasil e O Pai dos Geeks

*Thanks to Licii: que de alguma maneira me fez fazer algo (im)produtivo nesta linda tarde chuvosa de domingo.. =)

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Links Bacanas

1. Infográfico: Como Star Wars mudou o mundo;

2. Veja o fim da internet;

3. Mapa do mundo em 3-D, segundo atividade econômica (flash requerido);

4. O que é mais importante para o funcionamento de um carro: a roda ou o motor? Freud Scott Adams explica.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Devaneios de uma mente em ociosidade mórbida

ela: Quer me ajudar a fugir?
ele: Ahan! Vê aquela janela ali à sua direita?
ela: Você pira que tem uma janela mesmo? Mas é com grade!
ele: Isso não é problema
ela: Não?
ele: No armário à sua esquerda, na segunda gaveta bem lá no fundo tem uma serra, ela tá embrulhada em uma sacola de papel, dessas que vem com pão.
ela: E a sacola de papel vai me salvar?
ele: Calma! Note que nela há algumas anotações, uma espécie de código three-rotor.
ela: Código? E como eu decifro esse código?
ele: Ao lado da padaria da esquina (no lado da porta maior) há uma relojoaria. Lá você vai encontrar um senhor de barbas brancas por fazer e olhos azuis-claros em um rosto notavelmente fadigado. Entregue o papel a ele e ele te dirá uns sábios conselhos. Não anote nenhum, memorize-os!! Mas cuidado, não se disperse com os relógios que a circundam, são belos, mas não a ajudarão nessa caminhada. Dados os conselhos, ele lhe entregará uma chave e um relógio desses analógicos com pulseira de couro. A chave é nova, o relógio nem tanto.
ela: E o que faço com o relógio e a chave?
ele: O relógio você guarda. A chave é de uma casa três quadras ao norte. Vá até lá. É uma casa em tom pérola claro com portas e janelas em grafite. É uma casa à la arquitetura moderna com ângulos retos e sem muitos detalhes com um jardim pequeno, simples e discreto, com pingos-de-ouro em seus contornos. Note que as lanças em cima da grade já estão enferrujando, mas não se preocupe, o portão menor está aberto. A chave é da porta dos fundos que dá direto na copa. Há uma mesa retangular em mogno no centro da copa e um balcão de granito em um tom meio amarronzado que separa a copa da cozinha à sua direita. À sua frente há um corredor que a levará à sala-de-estar. Você vai perceber que no corredor há quadros impressionistas famosos, mais especificamente, dois Manet's e um Degas, mas não se espante, são cópias falsas. Todos foram impressos em "dye-sublimation" na gráfica que fica umas duas quadras ao leste. Na sala, há uma mesinha no centro com um vaso pequeno em forma de jarro com alguns lírios e tulipas. Sob o vaso há um envelope de papel pardo da mesma gráfica que imprimiram os quadros. Dentro do envelope haverá um mapa. Pegue o envelope e me encontre lá na estação antiga às 16h30 entre a banca e a Starbucks.