terça-feira, 30 de outubro de 2007

mais um meme

:: último livro comprado
bom, isso já faz bastante tempo. deve ter sido o microeconomia do Pindyck que comprei junto com o Rossetti de contabilidade social que, se li muito, foi até a página 40. damn it! o código civil que comprei para presentear um co-escritor deste blog não conta, né? ah, depois que descobri que quando se mora ao lado de uma livraria não precisa comprar livros para lê-los, isso mudou a minha vida. =)

:: estou lendo agora
gestão financeira moderna: reinventando o CFO (Jeremy Hope) e *ainda* malhando Assim falou Zaratustra (F. Nietzsche). céus! quando é que vou terminar de ler esse livro?!

:: número de livros que eu tenho
ah, muito menos do que gostaria. e isso é certo.

:: três livros que significam muito para mim
a insustentável leveza do ser (Kundera) pelas diferentes perspectivas de ver a vida; a história do amor (Nicole Krauss) pelo enredo que a vida nos proporciona; e o mor-mor eclesiaste (Salomão), não é à toa que foi o homem mais sábio da face da terra ever.

:: últimos filmes que vi
cashback, shrek o terceiro e beleza fatal.

:: filmes que significam muito para mim
"significam" pode ter muitos significados. mas quando estamos falando em filmes bons, sempre me vem a lembrança a trilogia senhor dos anéis, uma obra magnânima; o brilho eterno de uma mente sem lembranças, pela discussão que suscita, e matrix, sobretudo, pelo marco que fez na história do cinema.

:: último “cd” que eu comprei
ah, isso também faz bastante tempo. ou é swang, swing, swung do guardian, ou welcome to the freak show (o cd com 69,37 minutos \o/) do dc Talk.

:: música que está ouvindo agora
it's oh so quiet - björk \o/

:: três músicas que significaram muito pra mim
de novo esse 'significam', poderia ser mais específico por obséquio? músicas que mechem com meu estado espírito e que praticamente fazem parte da minha playlist permanente são: the scientist - coldplay, uma vontade constante; i don't belong here - switchfoot, pela verdade inexorável; lily of the valey - kede-r, quando letra e melodia se casam de uma maneira tão mais-que-perfeitamente, o resultado é uma profundidade inenarrável; mas poderia incluir aí também gone - switchfoot, porque life is still worth living; found - hillsong, entre outras mais que estão lá no meu last.fm

:: bebida favorita
depende do dia. durante a semana, café. =)

:: entidade favorita
família.

:: férias favorita
x-mas em nyc.

:: vício favorito
internet (porque os geeks vão dominar o mundo!! \o/)

como todo meme que se preze, este deveria ser enviado a 5 outros blogs. mas como peguei esse aqui lá no pensaletes à la on demand, fica aí a disposição de quem quiser participar. no entanto, adoraria ver essas questões respondidas por pessoas bacanas como a Olivia (sem acento!), a minha melhor amiga que mora longe preferida Licii (no blog e não nos comments, please!), a que eu não tenho certeza quanto ao nome, mas enquanto isso chama-la-ei também carinhosamente de lorimeyers (porque o twitter também é uma rede social), a Elisa, porque o primeiro meme a gente nunca esquece! =), e por último, mas não menos importante, Daiane, porque afinal, enfim, nem tudo precisa de um porquê.

sendo assim, aguardo os trackbacks, digo, os feedbacks. =)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mercado de Carbono e mais ..

Se Al Gore pede valentia moral na luta contra o aquecimento global é porque a luta está enfraquecendo, não? Ou seria a sua candidatura mesmo? Bom .. saindo da área política, o que não é o mais certo a se fazer ¹ em se tratando de aquecimento global, de fato, o combate ao aquecimento global, nos moldes do Protocolo de Quioto, começa muito tímido. É com profunda tristeza, do ponto de vista, atual, brasileiro ², que constato aquilo que, tomara, seja uma simples fraqueza momentânea do mercado de carbono, que convenhamos, não está nem um pouco aquecido.


¹ explico: todo e qualquer mercado depende da vontade política, e não seria diferente com o mercado de carbono e, este, por envolver o mundo e todas as suas peculiaridades contra uma ameaça ‘invisível’ para quem não quer ver, se constrói sobre uma base não muito sólida. Em parte a não aceleração desse mercado pode ser causada pela falta de regulamentação, o que não transmite confiança e clareza ao mercado, e também, esta 'regulamentação' é, mas não deveria ser – grifo meu – baseada em imposições aos países e respectivas empresas, aí entra o ²

² do ponto vista brasileiro, tudo, ainda, é muito cômodo, o país investe em projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) e recebe uma boa grana, dos países/empresas que são obrigados a reduzir a poluição. Acontece que, caso ninguém reparou, esses países que tem que pagar, pagar e pagar pelos erros (?) não ficam nada felizes com isso. E o Brasil, junto com o BRIC, está na mira do Protocolo de Quioto, dessa vez com outros olhos. Tudo indica que o BRIC terá suas metas de redução de emissões, porém, diferenciadas. E aí? Complica um pouco né?


O (?) é para suscitar a duvida do que foram realmente os erros, os países desenvolvidos poluem? Poluem, mas quanto disso é ‘erro’ quanto podia ter sido evitado? Como isso deve ser punido? Deve ser punido? Daqui deve sair uma discussão teórica chatíssima, ou não, com poder de criar vários livros e várias opiniões, que levarão a nada, até que o mundo exploda. Então eu não vou começar.


Por isso eu sou um defensor das políticas internas, imbuídas de consciência ambiental, que se reflitam em qualidade de vida, na verdade. A ajuda externa (MDL) que mascara as dificuldades brasileiras de investimentos, com um dinheiro 'fácil' deveria ser posta em segundo plano, pois devemos pensar em garantir a sustentabilidade das políticas que favorecem a sustentabilidade.

domingo, 28 de outubro de 2007

Le Nouveaux Lego Video Music Awards

Lego é o melhor brinquedo - em potencial - que pode existir







Brinquei muito de Lego, mas preferia montar carrinhos tunados. Acho que Lego também é teste vocacional.

sábado, 27 de outubro de 2007

Review: Os Simpsons (The Simpsons)


Depois de 18 anos na telinha a família mais querida e (pouco) atrapalhada dos EUA resolveu chegar as telonas. Até hoje foram mais de 400 desenhos criados da família Simpson, com os mais diversos assuntos e focos abordados.
Enquadrado em um tema bem atual e muito enfatizado nos últimos tempos, o filme trata sobre a preservação (ou falta dela) em relação ao meio ambiente. Homer, o patriarca e (ir)responsável da família comete um atentado ao lago que banha Springfield, fazendo com o governo americano isole - com uma cúpula gigante - a cidadela do resto do país. A partir daí, Homer e sua família participam das maiores confusões para contornar a situação que se instalou.
Como de costume do desenho, algumas críticas estão presentes no filme, trapalhadas do Bart, amores de Lisa e vícios de Margie. Para quem já admirador dos curtas, vale a pena assistir Homer e Cia e aguardar ansioso o segundo filme, porque aquele “To be Continued” sacaneou legal!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

diversos

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:: na falta de posts decentes, mais drops
até o millor está se valendo desta tática. na veja destes dias atrás, em sua coluna mais uma vez ótima, 10 nano-contos que nos faz pensar, rir ou até mesmo chorar (ou ainda qualquer combinação entre estes). elegi dois melhores, ei-los:

1. sempre que vejo a campanha e a arrecadação gigantescas do criança esperança, me vem logo o pensamento: "vai faltar criança"

2. leio que nas obras do metrô de são paulo um dos lados da abertura não se encontrou com o do lado oposto. os construtores se justificaram: adotaram a estratégia chinesa de construção, no tempo em que a china ainda não era um país capitalista. como lá havia pouca engenharia e muita mão-de-obra, eles colocavam 1 000 trabalhadores num lado da montanha e 1 000 do outro lado. se se encontrassem, faziam um túnel. se não se encontrassem, faziam dois.

leia também os restantes

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:: enquanto isso na exame
steve jobs o ex-sócio-fundador-hoje-apenas-CEO da apple e co-criador do nike+iPod (aquele tênis equipado com um microprocessador que repassa informações da corrida do usuário para o tocador de mp3) não sai de casa sem seu new ballance 911. Que coisa não?

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:: e por falar em iPod
o brinquedinho mais desejado de todos os tempos foi um dos principais responsáveis (juntamente com seu primo-rico-mais-desejado-ainda iPhone) pela alta da appl, ações da apple inc. na nasdaq nesta semana. estamos falando nada mais, nada menos que uma volorização de 11,5% em um dia. vocês tem noção o que é isso? o-n-z-e por cento em um único dia. céus! veja que coisa linda de Deus.

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:: e dessa brincadeira toda
até a at&t, a maior operadora telefônica estadunidense e a única que opera o iPhone, participou. seu lucro anunciado no terceiro semestre aumentou cerca de 41% graças às vendas do telefone da apple. ô vida boa, hein!

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:: e já que o assunto é aumentos astronômicos
vamos dizer um de verdade então. o que dizer dos papéis da bovespa holding (bovh3) com alta de mais de 30% duas horas após o lançamento? em outras palavras, se você tinha um capital de 100 mil e aplicou tudo no bovh3, em duas horas você ganhou 30 mil tão somente por clicar em 'comprar'. peraí, será que isso é um sonho?

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:: ah, sonho! bem lembrado
eu ficaria bastante feliz se santa claus trouxesse para mim um macbook daquele tipo grátis um iPhone, e eu juro que não me importo se este último tem apenas 16 gb de memória. did you hear daddy? =)

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

flagrantes da vida real

enquanto isso, na sexta-feira à noite, não muito distante dali...
três amigos vão ao supermercado comprar suprimentos para mais uma confraternizaçãozinha, quando de repente um deles repara que, ao invés de estar abastecendo o carrinho com cervejas de garrafas verdes special edition, estão os três na outra extremidade do supermercado diante do freezer de laticínios discuntindo qual a melhor sobremesa láctea: danette ou chandelle. mas por favor!

danette é *o* melhor e não se discute. ponto.

Gifts para orkut

É impressionante a quantidade de pessoas que chegam neste modesto melhor-blog-ever! procurando por 'gifts para orkut' desde que postei por aqui as pesquisas google mais inusitadas. No entanto, me compadeço destes que chegam aqui e nada encontram de fato sobre o pesquisado. Pensando nisso, este post é para esclarecer aos paraquedistas que muito provavelmente vocês erraram ao digitar porque não há 'gifts para orkut'. A palavra 'gift' na língua inglesa significa presentes, dons (veja a definição exata aqui) e por isso eu satirizei no outro post que, a melhor maneira de saber, seria você perguntar para o próprio Orkut o que ele gostaria de ganhar.
O que provavelmente vocês estariam procurando é 'gifs' (sem o 't') para orkut, que são aquelas animaçõezinhas toscas de seres inanimados que ficam piscando, pulando, dançando e afins, como aquele ali embaixo. Infelizmente nós não temos estes gifs por aqui, mas nada mais justo do que encaminhá-los ao que de fato procuram. Clique aqui.


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Até o Papa

Em tempos de crescimento exagerado dos gases do efeito estufa na atmosfera ninguém mais pode errar. Até o Papa! Deu um alerta, para que não se repitam os erros do passado com o meio ambiente.

Entre rumores sobre uma possível inclusão de metas, diferenciadas, de redução de emissões aos países em desenvolvimento, como o Brasil, e ajustes do mercado de carbono, parece que São Paulo entendeu a idéia ao criar suas próprias normas ambientais, com regras que atendem as necessidades locais - no caso a preocupação é com a qualidade do ar, que sabemos, é péssima.

Dentro das possibilidades de um país, eternamente, em desenvolvimento, até que o Brasil faz bonito, tratando-se de energias limpas e sustentabilidade.

Mas ..

Enquanto isso, a algumas horas de SP, nos EUA, os cegos andam reclamando do baixo nível de ruído gerado pelos carros que possuem motor elétrico, e também dos chamados híbridos, por serem um fator de perigo, já eles não ouvem o barulho do V8 e podem ser atropelados ao atravessar a rua. Sacanagem né?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O "liberalismo" americano

Os liberais adoram citar os EUA como exemplo de uma economia liberal que deu certo. E mais, ainda colocam como sendo uma condição "se, e somente se" para o fato de hoje ser a grande potência mundial. Mas não precisamos ir muito longe para descobrir que "laissez faire, laissez aller, laissez passer" é uma falácia inócua e repleta de percalços. Uma utopia. Um punhado de notícias já é capaz de explicar melhor.
Vejam só, o liberalismo americano prorrogando as tarifas sobre o etanol brasileiro até 2011 que, além de utilizarem de um pacote fiscal de US$ 16 bilhões para manterem um programa de ajuda aos produtores agrícolas, ainda sobretaxam o álcool importado em US$ 0,54 por galão (3,785 litros). Em uma reportagem da Reuters de maio deste ano, o diretor de abastecimento da Petrobrás anunciou um embarque de 12 *milhões* de litros para os stêits. Agora façam aí as contas de quanto o Brasil vai pagar por isso.
Ironia ou não, a mesma economia que prega a lei do livre mercado, é a que pratica a sobretaxa ao álcool brasileiro acima e ainda diz-se estar descontente com a decisão da OMC contra os subsídios aos produtores de algodão americanos, que, segundo o próprio governo americano, foi cerca de US$ 3,1 milhões só em 2005. Desnecessário dizer que estes subsídios atacam diretamente os algodoeiros de terras tupiniquim né.
Temos ainda o FED (o Banco Central americano) injetando US$ 14,75 bilhões no sistema monetário da "livre economia". Medida necessária para garantir liquidez no sistema, que foi afetado devido à crise no mercado creditício e ao excesso de dívida no âmbito das hipotecas de alto risco (o so-called subprime). Vale a lembrança que não estou aqui querendo discutir a eficácia ou a necessidade de tais políticas. O que procuro evidenciar é a total hipocrisia das políticas [então chamadas] liberais que pregam a mão invisível do mercado, que, pelo que parece, não anda tão invisível assim.
Mas o mais cômico é ver o presidente dos EUA dizendo estar preocupado com o aumento do protecionismo por lá. "O sentimento protecionista me preocupa porque acredito que um mundo aberto aos produtos, aos bens e aos serviços americanos é vantajoso para os agricultores e os industriais americanos" Exatamente Mr. President. O problema é que desde nunca vocês praticaram o liberalismo como pregam.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

pá e tá

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final-de-semana fatídico. o todo-poderoso-timão perdeu lá nos aflitos complicando ainda mais sua situaçao na tabela do campeonato enquanto que o inexperiente hamilton comete erros juvenis e deixa escapar o título. e a ferrari então fatura a 'díplice' coroa (já que coroas estão em vogue). pilotos e construtores. parabéns a ela, que conseguiu tal feito investindo cerca de 2/3 do que investiu a mclaren nesta temporada, mostrando que dinheiro nem sempre é sinônimo de eficência/eficácia até mesmo em ambientes (hiper) competitivos.

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erro juvenil também comenteu diogo mainardi ontem no manhattan connection ao confundir capitalismo com liberalismo. pode até ser que frequentemente os dois são associados, ou até mesmo correlacionados, mas mainardi pelo que é (ou pelo que tenta ser?) não poderia cometer tal gafe.

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e por falar em manhattan (manhattan, 1979), enfim, assiti ao clássico de woody allen. o que dizer? bem, woody allen. vi como uma doce e sutil crítica à sociedade da época, onde as pessoas eram egocêntricas e tudo mais. eram? receio se resolve fazer o mesmo hoje. btw, este foi o segundo filme que consegui assitir do início ao fim no tc cult. o primeiro foi o também ótimo eternal sunshine of the spotless mind (brilho eterno de uma mente sem lembrança, 2004) aquele com jim carrey e my darling, darling clementine.

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outros filmes do final-de-semana foram blades of glory (escorregando para a glória, 2007) mais um besteirol americano light da mtv films (what's new?), que removeria de 'filmes assistidos' para não piorar o currículo, e fracture (um crime de mestre, 2007), um suspense bacana e breve em algum review le nouveaux mais perto de você.

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e para fechar o final-de-semana, li ainda "peter drucker na prática" (ok, eram apenas cento e poucas páginas a letras garrafais). mas, ótimo livro, diga-se de passagem. eu diria, leitura obrigatória para qualquer aspirante a executivo. a propósito, descobri o que temia. nasci para ser executivo. é sério!

domingo, 21 de outubro de 2007

Vamos postando no embalo de tropa de elite, (que ainda não vi, mas estou louco para) então, neste video-de-domingo, que na verdade são dois, vai um pouco de violência ingênua (?) para descontrair (?) com happy tree friends. Violência é isso ae porra!








Ps: é só um desenho animado pessoal, é só um desenho!

sábado, 20 de outubro de 2007

Review: Tropa de Elite


Favela, armas, narcotráfico, guerra entre policiais e traficantes, etc. Estes seriam elementos tradicionais de um filme nacional, certo!? Desta vez não foi diferente, porém, digamos, de uma visão díspar dos demais filmes como Cidade de Deus ou Cidade dos Homens. Em Tropa de Elite (2007), o filme nacional mais esperado e comentado do ano, o foco central é dado à Polícia Militar e seu relacionamento com os traficantes das favelas do Rio.
No filme, o Capitão Nascimento (Wagner Moura) é um dos integrantes do BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e está à procura de um substituto para ocupar o seu lugar. O único problema é achar um policial honesto e não-corruptível a altura de sua personalidade. Este é o ponto onde entram na trama Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro), dois amigos de infância que sonham em fazer parte da Polícia Militar, mas se sentem frustrados quando vêem a realidade desmoralizada na qual ocorre dentro da organização, onde se encontram policiais corruptos das mais variáveis formas.
O filme tem sido o assunto do momento, seja pelas cenas de torturas exibidas no filme ou seja pela sua liberação na rede mundial de computadores ou nos camelódromos antes mesmo de sua estréia nacional, que segundo cineasta José Padilha (diretor) as investigações demonstram que “o elo entre o cara que roubou e o mercado de pirataria é a PM, o que comprova a tese do filme”. Outro fato curioso foi que durante as filmagens em 2006, no Rio, a equipe foi vítima de um roubo, onde os ladrões levaram todo um carregamento de armas cenográficas.
Esse país deu bom hein.. digo.. esse filme é excelente! Só faltou matar mais alguns traficantes, mas a idéia do filme sendo levada em conta e o/a Brasil/Polícia se tornando menos corrupto/a começaremos a andar para frente.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Brasil e o Grau de Investimento

Muito tem se comentado por aí sobre o tão almejado investment grade, ou grau de investimento -- uma classificação concedida pelas agências de risco aos países com baixo risco de calote, no bom e velho português -- que, ao que tudo indica, será concedido ao Brasil no próximo ano (apesar de alguns pessimistas jurarem de pé junto que isso só acontecerá em 2009).
Fato é que essa classifcação está vindo, não sabe-se quando, mas vem. A questão então é: o que isso de fato refletirá para o consumidor?
Como toda área de economia que se preze, há duas interpretações sobre assunto. Desnecessário dizer que uma é diametralmente oposta à outra.
A primeira diz que o grau de investimentos não acarretará em profundas mudanças para o consumidor, isso porque, como já há algum tempo vem sendo prometido o tal grau, a economia naiconal já está se adaptando gradualmente a ele, sem nem mesmo tê-lo, o que é muito perigoso, diga-se de passagem.
A outra diz que haverá, dentre outras coisas, um impulso ao consumo, sobretudo pela diminuição dos juros, aumento dos prazos de pagamento e do crédito disponível aos consumidores. Além disso, com o conseqüente crescimento da economia brasileira, haverá a criação de empregos e aumento da renda, o que também acelera o consumo consideravelmente e todos vão viver felizes para sempre.
A meu ver, nenhum dos dois pode ser considerado totalmente errado. Que a economia está se adaptando paulatinamente (eu sempre gostei dessa palavra), ninguém pode negar. É só sair na rua e perceber como é fácil conseguir crédito, desde concessionária de automóveis até lojas de roupas, onde você for, eles te dão crédito¹. No entanto, também não sou cético o suficiente para acreditar que nada vai mudar, acho que tem muita água para rolar ainda.
Quisera eu conseguir acreditar em tudo que dizem os otimistas, mas a realidade, infelizmente, é bem mais cruel.

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¹ Vale ressaltar que esses créditos oferecidos a Deus a ao mundo não necessariamente é bom at all. Deve se tomar muito cuidado para que o Brasil não caia na mesma armadilha que os Steits, com créditos podres, subprime e tudo mais. Mas isso é assunto para um outro post. Stay on! =)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Venderam a floresta

Mas era só o que faltava

I-N-C-R-Í-V-E-L: é incrível a profundidade da matéria na qual Rodolfo Salm critica a venda da floresta amazônica, e também a rede globo por .. ser vendida .. e .. bom .. do governo Lula, que adotou a idéia, nem precisamos falar né. Com incrível detalhamento ele expõe todos, e mais alguns, lados da questão, chegando à conclusão, lógica, que essa história é ridícula.

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Relação: não tem não, essa história para boi dormir não parece ter ligação com as criticas que a imprensa vem recebendo pela falta de qualidade das matérias ambientais. Que, em parte, pode ser explicado pela falta de clareza, por parte da comunidade científica, na divulgação das informações, que depois são mais distorcidas ainda pela mídia, e depois mais ainda pelo povo, que por sua vez influencia a mídia .. minha nossa.

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Da ciência: concordo que as informações a serem repassadas devem estar em linguagem clara, acessível, didática, enfim, assim evita-se distorções involuntárias, vejam bem, eu disse involuntárias. Mas vivemos em uma sociedade corrupta, afinal, que mal tem um jogo de palavras que ilude as pessoas? Quanto a isso, paciência, e ative seu filtro ultra crítico sobre .. tudo.

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E por fim: voltando às florestas, finalmente projetos florestais de desmatamento evitado começam ganhar a devida atenção, mas, talvez, serão incluídos no mercado de carbono no período pós-2012, te liga Brasil, lembrando que a simples conservação das florestas em pé também traz benefícios ambientais, por isso merece ter sua valoração.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Como começar a usar um agregador de feeds passo-a-passo

A pedido dela, um tutorial prático e (não muito, mas tentei ser) sucinto de como começar a usar um agregador de feeds. Se você já usa agregador de feeds ou não está nem um pouco interessado em começar a usar, agradeço muito sua visita, mas sugiro que pule este post. A propósito, você já votou na nossa enquente "Quem é mais famoso?" Beatles ou Che Guevara?
Sem mais delongas, porque o papo hoje vai longe.

:: para que serve feeds?
Bom, você precisa saber primeiro para que serve um agregador de feeds antes de começar a utilizá-lo, certo? A resposta é simples: para economizar tempo. Como? Com um agregador de feeds você não vai mais precisar visitar todas as trezentos e cinqüenta e sete páginas que costuma visitar diariamente. O grande lance do feed é que o conteúdo vai até você, e não você que vai atrás do conteúdo. E como você faz isso? Há! Vem comigo que eu te explico.

:: escolha seu agregador
Isso aqui é pra ser um tutorial prático, caso não fosse eu me perderia nas abstrações. Então, indo direto ao assunto, existem vários agregadores de feeds por aí, eu aconselho os on-lines, que além de não precisar baixar nada, você pode acessá-lo de qualquer computador que quiser, bastando apenas conexão com internet (duh! óbvio, né!). Aí você pode escolher entre Google Reader (aka GReader), Bloglines, NetVibes e por aí vai. Como eu uso (e recomendo) o GReader, o tutorial vai ser baseado nele, se quiser utilizar outro, sinta-se a vontade, a terminologia não deve ser muito diferente.

:: logando no seu agregador
Para utilizar GReader você precisa de uma conta google, se você já tem uma conta Gmail, já está meio caminho andado, basta entrar na home do GReader e digitar o login e a senha, caso contrário, vai precisar se cadastrar, mas é jogo rápido, menos de 15 minutos (lembre-se que esse tutorial é de como usar feeds e não como abrir uma conta google).

:: um primeiro contato
Ao entrar no GReader, você terá na barra lateral à sua esquerda a lista de feeds assinados (que no início estará vazia, obviamente), no centro, os conteúdos dos feeds assinados e uma sintética barra de menu em cima. O GReader ainda não tem disponível em português, mas também não faz muita falta, utiliza uma linguagem bastante acessível para qualquer leigo na língua inglesa.
update | assim que entrar pela primeira vez, vai aparecer um videozinho xarope que não aparecia lá quando eu fiz o meu. Se estiver com paciência para ouvir o que aquele narigudo tem a dizer, go ahead and be happy, se não "Get started by adding subscription" e mãos à obra.

:: procurando feeds
Chegou a hora então de você assinar seus feeds. Tem um botão em cima da sua lista de feeds "Add subscription" que ao clicá-lo aparecerá um campo para digitar (ou, preferivelmente, colar) o endereço do feed. O GReader tem uma vantagem que você não precisa digitar o endereço xml, basta digitar o endereço do site, que ele procurará por conta própria o endereço xml, e caso não houver, avisá-lo-á com uma mensagem bastante amigável que não foi possível adicionar o que você solicitou. Há ainda a opção de procurar por feeds, que é página que vai aparecer assim que clicar em "Get started by adding subscription". Nessa página aparecerá algumas sugestões de feeds agregados por temas. Se você manja inglês e curte estar por dentro do que está rolando lá pelos steits, vá em frente, subscribe neles. Para voltar para essa página de pesquisa depois, é só clicar em "Browse" ali do lado de "Add"

:: para assinar outros feeds
Agora que você já sabe como adicionar feeds no seu agregador, vá até seus sites preferidos e procure por algum botão laranjado escrito xml, rss ou um outro parecido com este que está na nossa barra lateral, clique com o botão auxiliar em cima dele, e procure a opção copiar link. (caso você tenha clicado com o botão principal, provavelmente aparecerá uma página meio que 'desconfigurada' se você usa o IE ou então uma lista de tópicos se você usa o Firefox, não tem problema, você não fez nada de errado, só copie o endereço que está na barra de endereço do seu navegador). Copiado o endereço, vá até o GReader o cole lá no campo que aparece quando você clica em "Add". Dá "ok" e pronto, está assinado seu primeiro feed. Faça isso com seus trezentos e cinqüenta e sete sites preferidos e pronto, será feliz para sempre. =)

:: organizando os feeds
O GReader permite você organizar seus feeds por pastas. Se você assinou algum 'pack' que o google ofereceu, ele já estará dentro de uma pasta. Ao clicar nela, aparecerá no centro todos os feeds que estão dentro da pasta, para organizá-los da maneira que melhor lhe parecer, clique lá no botão "Feed settings" na "barra de menu" e veja as opções. Se você assinou outros feeds e quer agrupá-los em alguma pasta já criada ou quer criar um nova pasta, selecione o feed desejado e vá no mesmo botão "feed settings" e as opções estarão por lá de novo.

:: "desassinando" feeds
Se você assinou um feed e se decepcionou com o conteúdo, não era aquilo que você esperava, você pode "desassiná-lo" a qualquer momento, basta selecionar o feed desejado e clicar (de novo) no botão "feed setting", depois em "unsubscribe" e pronto, aquele feed não constará mais na sua lista de feeds.

:: o que o greader faz por você
Outra opção bacana que o GReader oferece, é a opção de ler o "feed" inteiro ou apenas dar uma conferida nas headlines com as abas "expanded view" e "list view". Com a primeira, você lerá o feed completo (ou aquilo que estiver disponibilizado, mas para baixo eu explico melhor) e é recomendado para os feeds de blogs e sites que atualizam com pouca freqüência ou que geram pouco conteúdo. No entanto, se você assina feeds de revistas, jornais ou de sites que geram muito conteúdo por dia, é aconselhável você colocar no modo "List view", dessa maneira, aparecerá apenas a headline do post/matéria/conteúdo, aquele que lhe agradar, basta clicar em cima que aparecerá o conteúdo. Apenas lembre que, nesse modo, apenas os clicados são considerados como lido, se você não achou nenhum conteúdo interessante, basta clicar em "Mark all as read" e todos os feeds daquele site será considerado como lido.
O GReader ainda oferece outras opções/ferramentas interessantes, apenas citando algumas:
. as estrelas: caso seja usuário do GMail, já está acostumado com o sistema "add star". Ao achar alguma coisa interessante, ou se deseja ler o post/matéria depois com mais calma, clique em "add stars". Todos os items com estrela são listados ao clicar em "Starred items" em um outro menu em cima do "Add subscription"
. compartilhando: Tem também a possibilidade de compartilhar aqueles feeds que achar interessante clicando em "share". Pode ainda criar uma widget para colocar no seu blog ou página pessoal seus feeds compartilhados.
. trends: Toda a estatística do seu GReader está lá. Logo abaixo de "Shared items".
. gerenciando os feeds: Para gerenciar seus feeds, basta ir em "Manage subscription" em baixo da sua lista de feeds assinados e aparecerá uma tela com todos os feeds assinados e as opções que se pode fazer com eles. Para voltar, "back to google reader" duh!.
Obs.: Eu digo GReader porque eu não conheço muito outros agregadores, logo, não posso dizer o mesmo sobre eles, mas provavelmente muitos deles tem funções parecidas quando não similares.

:: algumas outras observações válidas:
. Um agregador de feeds nunca vai estar lotado, apenas acumulado. Isso porque ele não recebe o conteúdo, apenas agrega.
. A diferença entre um agregador de feeds e um favoritos do seu browser é que nos favoritos, invariavelmente, você terá que visitar seus trezentos e cinqüenta e sete sites todos os dia para ver se tem algo novo, já no agregador não, você poderá ler o conteúdo deles pelo agregador assim que tiver coisa nova por lá, poupando-lhe um valiosíssimo tempo.
. Alguns sites não disponibilizam o conteúdo completo por feeds, ou seja, irá aparecer apenas o primeiro parágrafo ou uma quantidade X de caracteres, quando não apenas a headline, forçando o leitor a ir até o site/blog para poder ler a matéria/post por completo. Para isso, é só clicar em cima da headline que abrirá em uma nova janela.

Bom, acho que era isso. Procurei ser o mais claro possível, se ainda restarem dúvidas, e só perguntar nos comentários que respondê-las-ei com muito prazer. =)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Brasil pouco inovador

E na Folha de ontem uma reportagem sobre uma pesquisa inédita (no Brasil) realizada pelo Symnetics que identificou que apenas uma em cada três empresas brasileiras são consideradas "inovadoras". (Entenda-se por inovadoras aquelas companhias que dispõem, obrigatoriamente, de ferramentas de comunicação para captar as necessidades dos consumidores em relação aos produtos e serviços disponíveis).
Para um país que quer ser considerado/se auto intitula "país em desenvolvimento", é um índice baixo e pouco animador. É um problema crônico que só tende a agravar mais se nada for feito nesse sentido.
Mas então, qual seria a solução? Obviamente que não há um passo-a-passo, nem tutorial ou qualquer outra coisa parecida que diga exatamente o que deve e o que não deve ser feito para que um país se desenvolva. No entanto, há alguns pontos cruciais que necessariamente devem ser solucionados se queremos um futuro melhor. Eis aí alguns:

:: um sistema educacional eficiente
Para que um país tenha uma área de desenvolvimento técnico-científico decente, é necessário que tenha um sistema educacional bom, com boas universidades e centros de pesquisas que formem profissionais qualificados e aptos para desenvolverem produtos e tecnologia que se adaptem/agradem aos gostos dos consumidores. Foi exatamente isso que a Coréia do Sul fez nas últimas décadas e era isso que pregava Cristóvam Buarque em sua campanha eleitoral.
O Brasil possui, sim, universidades e centros de pesquisas bons e altamente qualificados, o problema é que são demasiadamente elitizados e centrados no eixo Rio-São Paulo com algumas raras exceções em MG e RS. Outro problema é que quando saem das universidades, os formandos destes centros ou vão para o exterior/multinacionais, ou ficam no meio acadêmico mesmo. Um dado desanimador é que no Brasil, cerca de 90% dos doutores atuam nas academias enquanto que nos EUA, essa mesma porcentagem se encontra nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento produzindo e desenvolvendo. Somando a isso, em um país em que não se reprova de 1ª a 4ª série, fica realmente difícil visualizar alguma perspectiva de mudança.

:: políticas industriais eficientes
Depois de ter um sistema educacional sólido, é necessário ainda Políticas Industriais que auxiliem as indústrias nascentes para que possam competir "de igual para igual" com as indústrias já instaladas no mercado. E aí está outro problema do Brasil que além de não possuir uma política industrial bem desenvolvida, possui uma carga tributária asfixiante para qualquer novo empreendedor. Isso sem falar nos subsídios oferecidos pelo governo favorecendo a importação de produtos de alta tecnologia jogando no lixo todo e qualquer esforço em desenvolver a indústria doméstica.

:: os dois lados da teoria econômica
Schumpeter, um dos evolucionista, já defendia que o motor do desenvolvimento econômico de um país é o investimento em ciência e tecnologia. E isso é uma problemática que deve ser levada a sério. Muitos economistas deixam-se levar pelo ideologismo e acabam “esquecendo” da importância dessa área para a economia e insistem em dizer que o governo calado é um poeta.

Muito tem que ser feito ainda para que o Brasil tenha chance de galgar lugares ávidos. Apesar de estar entre os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China, países considerados com grande potencial de desenvolvimento) uma das razões de estar atraindo tantos investimentos externos, em vários índices, Brasil é sempre o que apresenta o pior resultado entre os quatro.
Se continuar da maneira como está, o que teremos pela frente é um aumento do gap tecnológico e uma eterna dependência do mercado externo no que tange a produtos de alta tecnologia. Será que é isso o que queremos?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A verdadeira verdade inconviniente

ou "Al Gore, o oportunista-hipócrita-mor"

:: sobre al gore
E confirmando os rumores que se ouviam por aí, Al Gore leva para casa o prêmio nobel da paz deste ano conquistando uma tríplice coroa inédita, em uma ano, ganhou o oscar, seu livro foi um best-seller e agora o prêmio nobel. E ainda há uma campanha solicitando a candidatura dele à presidência dos us and a. Sem contar um sem-número de pessoas que estão babando-ovo do cara por aí. Uma pena que muitas pessoas desconhecem a verdadeira verdade inconveniente e que faço questão de republicar alguns trechos:

Gore’s mansion, located in the posh Belle Meade area of Nashville, consumes more electricity every month than the average American household uses in an entire year, according to the Nashville Electric Service (NES).
In his documentary, the former Vice President calls on Americans to conserve energy by reducing electricity consumption at home.


Vejam, o cara recebeu o Prêmio Nobel da Paz por falar: "ei, consuma menos energia, o consumo de energia está causando o aquecimento global!" mas sua mansão consome mais energia em um mês do que a média que um amerciano consome em um ano. Precisa de comentários?


:: sobre o aquecimento global
Todos sabem que é um assunto sério, o aquecimento é um fato e muito tem a ser feito ainda para se reverter/controlar a situação. Muitos estudos têm sido feito sobre isso oriundo das mais diversas áreas. O grande problema é que muitos estão nesse meio apenas para se promover, além do que, com tudo isso em vogue, passou a ser uma área extremamente rentável. O "ecologicamente correto" passou a ser uma das melhores propagandas para qualquer indústria. As pessoas olham e pensam "oh, como ele é bonzinho, ele apóia o combate ao aquecimento global, vou comprar produtos dele" sendo que na verdade, todos nós deveríamos levar isso a sério e fazer nossa parte, porque afinal, se trata do lugar onde vivemos, da nossa Terra.
As indústrias divulgam seus apoios a ONG's que lutam por uma Terra mais saudável como se estivessem fazendo um grande feito quando na verdade não fazem mais que obrigação. Isso sem falar nos beneficios fiscais que recebem por 'abraçar a causa'. Um mar de hipocrisia.
Méritos sejam dados àqueles que não desejam méritos, que fazem a sua parte sem exibicionismo, e o fazem apenas por quererem de fato um mundo melhor e não se aproveitam da ingnorância alheia. Que têm a consciência que é necessário fazer algo se quiser que seus netos vivam neste mundo.

:: sobre o prêmio
Rodirgo Contantino fez um post bem interessantes sobre o tema e até explica como surgiu o Prêmio Nobel e tudo mais. Lembra que o Nobel da paz passa por uma certa decadência. E eu não lhe tiro a razão, depois que Yasser Arafat ganhou , afinal, qual o conceito de "paz"? Vale a pena ler seus escritos.

:: aproveitando o ensejo
E hoje é o Blog Action Day, um dia que foi escolhido para que blogueiros de todo o mundo falassem sobre o mesmo assunto. E o tema desse ano foi o meio-ambiente, nada clichê, diga-se de passagem, mas ok, todo esforço é válido. A idéia era cada blog postar algum tópico sobre um assunto relacionado ao meio-ambiente. Os leitores deste blog sabem muito bem que com uma certa freqüência a gente tem trazido notícias e matérias relacionadas ao meio-ambiente, mais especificamente sobre economia ambiental, mercado de carbono, e afins.
A meu ver, já tem muita coisa por aí sobre "responsabilidade ambiental", o que está faltando mesmo é as pessoas levarem isso a sério e começar agir no dia-a-dia. Temos que ter em mente que não vai ser uma gigante multinacional investindo milhões em ONGs que prezam pelo meio-ambiente que vai salvar o mundo, mas sim cada um de nós, mudando seus hábitos, fazendo a sua parte.
Fica aí a alerta. O que de fato você tem feito?

domingo, 14 de outubro de 2007

Japa Game

Repetindo a façanha de lembrá-los que o centenário da imigração japonesa é só no ano que vem, já expliquei datas e história aqui no post do japonês, no vídeo-de-domingo desse domingo (que redundante) trago um exemplo do que é ser japonês de verdade, sempre utilizando seu potencial humano para os mais variados fins.



sábado, 13 de outubro de 2007

Diálogo Reflex(ã)o

- Bem, esta seria uma boa hora para tu dar algumas explicações, não?
- Eu acho que não, pelo menos agora não.
- E por que não agora?
- Talvez porque já são 3 horas da manhã e amanhã tenho que levantar cedo.
- Mas tu acha legal então seguir com essas dúvidas e incertezas?
- É obvio que não.
- Então, o que está esperando para resolver esse assunto, que já está persistindo há um bom tempo?
- Mas já está resolvido.
- Não é o que parece, eu sei exatamente quais são teus pensamentos e anseios.
- Então me deixe em paz. Da minha parte está resolvido.
- Se da tua parte já está resolvido, porque segue preocupado dia após dia?
- Todos estamos constantemente preocupados, isso faz parte do ser.
- Tu não está sendo nem um pouco racional.
- Por que não? Tu sempre vem com essa história de ser racional naquilo que fizemos.
- E o que há de errado nisso, tu imagina que deva por sempre o lado emocional em primeiro lugar?
- Não é isso. Já disse que não quero conversar.
- Pra quê adiar para amanhã ou depois, se nada irá mudar mesmo.
- Chega. Eu não vou mais te escutar. Deixe-me em paz que quero dormir.
- Só estou querendo ajudar. Talvez te mostrar o que realmente está acontecendo.
- Eu sei o que está acontecendo, e a tua racionalidade em potencial não irá ajudar.
- Está bem, se assim deseja.

Nada como uma pequena auto-reflexão ou descarrego de consciência de uma mente perturbada, alterada, confusa, alienada, alucinada ou levemente embaraçada.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O verdadeiro problema não é a carga tributária

Os liberais adoram criticar a elevadíssima carga tributária como sendo o grande impecilho para alavancar o desenvolvimento nacional. Afirmam que a grande participação do governo na economia só abre portas para a corrupção e seus pares. Não estão em tudo errados, mas há uma certa confusão do que é causa e do que é conseqüência.
Não é porque a carga tributária é alta, que temos corrupção, mas, pode-se dizer, que é porque temos corrupção que a carga tributária é alta, este último, fato indiscutível. No entanto, o fato dela ser alta, hoje cerca de 40% do PIB, não necessariamente implica em dizer que isso é ruim. Para mostrar isso, selecionei os sete paises com as maiores cargas tributárias do mundo e, qual NÃO foi a minha surpresa, dentre os sete, se encontram os cinco países escandinavos, ou seja, IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) muito próximo de 1 (ou, tendendo a 1, se preferir). Veja a tabela abaixo:

Update | Não sei porque cargas d'água o blogger tá empurrando minha tabela lá pra baixo. Desculpem minha ignorância em html e rolem um pouco a página para baixo para encontrarem a tabela. Obrigado.



















































PaísCT em % PIBIDHRanking IDH
Suécia51,10,951(5°)
Dinamarca49,70,943(15°)
Bélgica45,40,945(13°)
Noruega45,00,965(1°)
Finlândia44,50,947(11°)
França44,30,942(16°)
Islândia42,40,960(2°)


Veja que dos sete selecionados, todos têm carga tributária maiores que 40% e conseguem conviver com isso muito bem, obrigado, além de se situarem entre os 16 países com maiores IDHs do mundo. O grande diferencial destes citados para com o Brasil, que em 2006 ocupava a 69ª posicão no ranking IDH, é que nos primeiros há uma boa utilização dos recursos arrecadados, quase que diametralmente oposto ao Brasil, no qual parte dos recursos são destinados a comprar votos no plenário. Ou seja, o problema não é carga tributária elevada, mas sim, a má utilização desta.
Devo esclarecer que não estou aqui defendendo um estado totalitário, obviamente que não. O que eu realmente gostaria é que aspirantes a (neo) liberais parassem de ficar criticando a torto e a direito a carga tributária brasileira sem qualquer embasamento teórico/empírico/científico. Então que critiquem a corrupção, esta sim, digna de todos os protestos possíveis.

Fontes: OCDE, ONU e algumas coisas mais. =)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Energia limpa

E falando em meio ambiente .. entre noticias sensacionalistas do sucesso de projetos, milionários, de arrecadação de outros tantos milhões de créditos de carbono que serão vendidos por muitos mais milhões de dinheiros, o que me chama mais atenção são os pequenos gestos em favor do meio ambiente.

Deixamos um pouco de lado a necessidade de frear o aquecimento global, que no momento se faz com os tais projetos milionários, para pensar mais no futuro, falar da grande importância de reduzir ou isentar impostos das pequenas iniciativas privadas que contribuam com a redução de GEE, pois, de fato sabemos que a carga tributária do Brasil não corresponde aos anseios da população e é um forte desestimulante de investimentos. A redução de GEE passa abrigatoriamente pela produção e consumo de energia limpa, e neste aspecto a tributação excessiva, juntamente com a falta de incentivos, prejudica o pequeno produtor de energia limpa, que é por excelência descentralizada, portanto, devemos nos reeducar para esta nova situação dos pequenos produtores, incentivando a produção de energia limpa em pequena escala concomitantemente com a produção de energia, preferencialmente limpa, de larga escala, pois, reservadas as proporções, ambas são importantes à sua maneira.

Grandes projetos de MDL, que captam GEE e produção de energia limpa são como uma questão de remediar ou prevenir. Estamos ajudando o mundo a remediar, isso vai ser favorável ao Brasil até quando?

MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
GEE - Gases do Efeito Estufa

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Review: Bem Vindo ao Jogo (Lucky you)


Vícios! Malditos vícios que são os destruidores de nossa paz e nosso lar. Huck Cheever (Eric Bana), em Bem Vindo ao Jogo, seria um exemplo de uma pessoa com um vício em potencial. Seu “trabalho” consiste em passar o tempo em cassinos de Las Vegas, jogando pôquer. Se não fosse o bastante tudo é motivo para uma aposta, desde que a finalidade seja obter dinheiro para mais tarde trocar por fichas. Entre outras formas de manter o vício estão a venda de alguns pertences e também “pedidos” de dinheiro emprestado.
O objetivo de Cheever, durante o filme passa a ser de participar do World Series of Poker 2003, onde na disputa pelo título, terá como principal obstáculo seu pai, L.C. Cheever (Robert Duvall) que abandonou sua mãe há anos. Enquanto tenta vencer o campeonato e exorcizar seus próprios demônios, Cheever conhece Billie Offer (Drew Barrymore), uma esforçada cantora de cassino que irá lhe ensinar uma grande lição de vida.
Mesmo afirmando que sua voz é "a pior que um ser humano poderia ter", Drew Barrymore teve de superar esse obstáculo para interpretar uma cantora de boate no filme "Sorte a Sua". A atriz de "As Panteras" estava muito preocupada com as cenas em que teria de cantar e confessou ter tomado doses de uísque para poder soltar a voz. No final, a atriz ficou feliz com a reação da equipe.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

sobres

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marketing, victoria beckham e porcentagem.
e no curso/aula de marketing esses dias a palestrante/professora veio dizer que o segmento de cosméticos masculinos é um dos que mais cresce percentualmente nos últimos anos. seria espantoso se não fosse óbvio. considerando que este setor há um tempo atrás não existia, todo e qualquer crescimento, em termos percentuais, será um absurdo de grande.
tomemos um exemplo totalmente hipotético para fins estritamente explanatório: em uma amostra com 100 homens apenas um utilizava tais produtos antes da copa de 2006. com o 'advento' da copa, todos viram o david beckam e cinco se convenceram a começar a utilizar tais cosméticos crentes que teriam chances com uma victoria's secret, digo, victoria beckham (ledo engano). assim, temos em 2007, seis pessoas adeptas ao metrossexualismo contra apenas 1 em 2006, ou seja, um crescimento estapafúrdio de 500% levando à loucura todo e qualquer investidor. mas a verdade nua e crua é que 96 dos 100 ainda não dão a mínima para isso. e os números falam por si.
conclusão: valores percentuais per si, sem valores nominais, de nada vale.

*****

nova enquete
e ontem no manhattan connection uma discussão sobre quem é mais famoso, che guevara ou the beatles. na verdade, tudo depende de para quem você quer responder, digo, para quem é a 'pesquisa'. se for para um trabalho de história, eu aconselho que procure aquelas pessoas que se vestem de vermelho com um cutelo e uma estrala estampadas no peito em amarelo e viva la revolución. no entanto, se você não quiser ser tendencioso, faça a pesquisa com alunos britânicos de quinta a oitava série. mas interessantes mesmo seria fazer essa pesquisa com os auto-entitulados e os não-auto-entitulados 'alternativos'.
a meu ver, os beatles ganham em disparada, e para provar que eu estou certo =), está inaugurada a primeira enquete do le nouveaux ali na barra lateral. por favor, sejam solidário. vote (nos beatles)!


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mercado financeiro
e só foi a gente avisar que a vale está supervalorizada que o UBS reduziu recomendação às ações da vale questionando seu potencial de alta. que coisa não?

Uma mulher inteligente

E dando continuidade à série spam nosso de cada dia, segue aí um historinha interessate, que, a saber, recebi de uma colega (ênfase no 'a' de umA colega) provando que todo e qualquer suposto (ênfase também no 'suposto') pensamento machista que se encontra no texto abaixo, não provem deste que vos escreve. Aliás, eu até citei aqui no blog esses dias atrás uma matéria publicada na BBC sobre as empresas que, com mais mulheres na direção, têm melhores resultados. Então, por favor, poupe-me de qualquer crítica.
Sem mais delongas, ei-lo:

Um casal sai de férias para um hotel-fazenda.
O homem gosta de pescar de madrugada e a mulher gosta de ler. Uma manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca.
Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago. Ela navega um pouco, ancora, e continua lendo seu livro. Chega um guardião do parque em seu barco, pára ao lado da mulher e fala:
- Bom dia, Madame. O que está fazendo?
- Lendo um livro - ela responde, e pensando: será que não é obvio?
- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida ele informa.
- Sinto muito, tenente, mas não estou pescando, estou lendo.
- Sim, mas com todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente, terei que multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso, terei que acusá-lo de assédio sexual, diz a mulher.
- Mas eu nem sequer a toquei! - diz o guardião.
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento.
- a.. Tenha um bom dia, Madame - ele diz e vai embora.

MORAL DA HISTÓRIA:
Nunca discuta com uma mulher que lê.
É certo que ela pensa!!!

domingo, 7 de outubro de 2007

Japonês

No dia 18/06/1908, chega ao Brasil, no Porto de Santos, o navio Kasato Maru trazendo as primeiras famílias japonesas que vislumbraram o sonho de uma vida melhor, tinham a pequena pretensão de enriquecer rapidamente no Brasil, e voltar para o Japão (pô, mas aí precisaria muita malandragem, que eles não tinham) então, trabalhar nas plantações de café foi a alternativa.

Lógico que não gostaram, mas foram obrigados pelos fazendeiros, e governo, a ficarem no Brasil e pagar suas dívidas ( aquela velha história de escravidão moderna ). No começo formaram-se as colônias japonesas, fechadas, com regras a là Japão, enfim, conservaram as tradições, porém, com o passar do tempo o japonesinho quis ser mais brasileiro, malandro, essas coisas. Miscigenou.

Hoje a população japonesa do Brasil está estimada em um milhão e quinhentas mil pessoas, sendo a maior população nipônica fora do Japão. E no ano de 2008, popular ano que vem, será comemorado o centenário da imigração japonesa no Brasil.

Bom, depois de toda essa balela, aí vai o vídeo-de-domingo, hoje, em homenagem aos japoneses.

sábado, 6 de outubro de 2007

Mercado Financeiro

Enquanto isso, o mercado financeiro vai muito bem, obrigado. Recorde em cima de recorde e já superando a casa dos 62.000 pontos e uma euforia como nunca vista antes. O que mais me chama atenção é a quantidade de pessoas interessadas em investir no mercado financeiro substituindo a boa e velha caderneta de poupança. Esse movimento migratório até que é bom, tem muitos pontos positivos, a começar pela maior rentabilidade que se pode obter investindo em ações, no entanto, é necessário muito cuidado nessa hora.
Rodrigo Rosa, estrategista do mercado de opcões, adverte que agora não é uma boa hora de se começar investir na bolsa para quem pensa em lucrar no curto prazo, segundo ele, apesar de estar superado a barreira psicológica de 60000 pontos (62800, fechamento de 05/10/2007) o índice está em torno de 4% acima do que deveria valer, e, mantendo o cenário não muito diferente do atual, novas compras só devem ser feitas abaixo dos 58.000 pontos, quando o risco-retorno compensaria. Ele ainda cita que a melhor opção no momento é ficar com o CDI ou adquirir ações de empresas boas e pouco valorizadas. “O ibovespa tem grandes chances de subir mais um pouco, mas deverá voltar a cair a níveis mais baixos que o de hoje, e ainda tem o problema que a melhor ação do índice é justamente a que está mais cara, sobrando poucas opções com baixo risco hoje”, cita Rodrigo se referindo a Vale do Rio Doce.
Sendo assim, fica aí a dica. Investir na bolsa é uma boa mas precisa ter cuidado. Aqueles que se interessarem em investir, deixe um comentário comunicando-nos que entraremos em contato com as melhores condições do mercado. =)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Os tipo de estudantes de economia

Segue aí um Ctrl+C/Ctrl+V nervoso achado aqui, sobre os vários tipos de estudantes de economia. Veja aí em qual deles você se enquadra.


Tomando como amostra os alunos de uma turma de um semestre de qualquer curso de graduação em Economia no Brasil, encontramos os seguintes tipos de alunos:

QUASE-HISTORIADOR: aluno que gosta de história, ou de ciências humanas em geral, e escolheu fazer vestibular para economia porque essa seria a ciência social mais propícia ao sucesso profissional, ou o curso dessa área ideologicamente mais eclético. A maioria dos quase-historiadores tende a se interessar pela heterodoxia (ou pela nova economia institucional), e podem se tornar pesquisadores em história econômica, HPE, economia política, desenvolvimento sócio-econômico e economia brasileira. Sua tendência após concluir o curso é de procurar pós-graduação, e seguir vida acadêmica. Por parecerem intelectualódies, em média, os quase-historiadores podem ser considerados "chatos" por parte de seus colegas, particularmente pelos "jovens empreendedores".

POLÍTICO: aluno que tem interesse em seguir carreira nos meios políticos, e, na inexistência de cursos de graduação em ciência política ou administração pública na região onde vive, presta vestibular para economia. Suas áreas de interesse são economia do setor público, direito aplicado à economia e políticas macroeconômicas (a "macroeconomia hidráulica" segundo o Jorge Araújo, de causalidade qualitativa entre políticas, o nível de produto e o nível de preços de uma economia). Alguns políticos abandonam o curso para ingressar em algum "movimento". Após o término do curso, os políticos formados tentam, além de inserir-se em seu meio, realizar concursos públicos.

ORTODOXO ESTRITO: aluno que já tem alguma noção do conteúdo básico de um curso de economia, e espera obter uma boa base de conteúdo quantitativo (matemática, econometria) e teórico (micro e macroeconomia), de acordo com o currículo-padrão de cursos de economia em nível internacional. Contudo, como a grande maior parte dos cursos de graduação em ciências econômicas do Brasil segue uma linha eclética ou heterodoxa, o aluno ortodoxo estrito pode desenvolver o mal-hábito de ficar falando mal de seu curso durante toda a sua graduação, e derreter-se em arrependimentos por não ter escolhido um curso "mais sério" (de ciências exatas), como matemática ou engenharia. Alguns ortodoxos estritos são mais radicais, ignorando inclusive a importância das cadeiras de macroeconomia para seu conhecimento. Alguns ortodoxos estritos são "fraudes acadêmicas", isto é, falam aos seus colegas que são muito bons em matemática, que deveriam estar na FGV ou no IMPA, etc, mas seu desempenho nas provas não corresponde ao seu ego. Por outro lado, os ortodoxos estritos que são realmente bons conseguem obter excelentes resultados no exame Anpec, e cursar pós-graduação em centros mais de acordo com suas preferências.

"JOVEM EMPREENDEDOR": aluno que presta vestibular para economia pensando em seguir um curso prático, indutivo, que o prepare exclusivamente para o mercado profissional, ou como ele mesmo diz, "para ganhar dinheiro". Contudo, como os cursos de economia no Brasil (e, segundo alguns, isso vale em nível internacional) seguem uma linha predominantemente acadêmica e teórica, e pouco voltados para a área de economia empresarial e financeira, tal aluno sente-se decepcionado logo no primeiro semestre. Algumas versões mais caricaturais de sovens empreendedores chegam a afirmar que qualquer conteúdo teórico na economia é inútil: matemática é "abstrato", micro "não corresponde ao mundo real", macro é "política", história "já passou", economia do setor público "é só para funcionário público", cadeiras de pesquisa "são para acadêmicos", e por aí vai. Talvez seja por isso que boa parte dos alunos desse tipo abandonem o curso antes de terminar, mudando para administração ou ciências contábeis (que são, de fato, cursos mais práticos), ou mesmo para ingressar no mercado profissional mais cedo. Praticamente todos procuram estágios profissionais logo no início do curso, o que pode inclusive reforçar a sua decepção com a ciência econômica em sua aplicação ao mundo profissional real. Outros convertem-se em ortodoxos ou heterodoxos e procuram pós-graduação, podendo obter muito sucesso a partir daí. Outros ainda, por inércia, formam-se em economia sem, de fato, acreditar na importância do curso, apenas para ter algum diploma superior.

PERDIDO NA SELVA: aluno que presta vestibular para economia sem saber muito bem (ou absolutamente nada) do que quer de sua vida, tal como muitos vestibulandos de direito e de administração. Durante o curso, o aluno perdido na selva pode se "encontrar", e se converter em ortodoxo, heterodoxo, ou mesmo em "jovem empreendedor decepcionado", seguindo o rumo de seu novo tipo individual. Ou então, continua perdido em uma selva cada vez mais selvagem. Muitos desses alunos "somem" ao longo de sua graduação, desistindo de sua faculdade, ou migrando para ser trabalhador escravo em algum país desenvolvido. Alguns dos que "somem" "voltam" de forma tão misteriosa como aquela em que sumiram. Outros chegam a se formar, com a impressão de que não aprenderam nada com o seu curso.

PS.: todos esses tipos sociais entre cursos de economia são versões caricaturais, descritos em cunho humorístico, e não foram inspirados pessoalmente em ninguém que eu conheça. Os alunos reais tendem a ser combinações lineares de características de todos os grupos. Como nos filmes, "qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência". Se tu te identificares com algum tipo, é problema teu!

PPS.: acho que faltam alguns tipos minoritários. Se alguém quiser contribuir com novas descrições, pode mandar que eu incluo no post.

PPPS.: pensando em mim mesmo, acho que, ao longo dos meus nove semestres na graduação em Ciências Econômicas na UFRGS fui 60% quase-historiador, 30% jovem empreendedor e 10% político.

Eu só acho que "quase historiadores" e heterodoxos poderiam ser melhor diferenciados. =)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Alegria de pobre dura pouco

E o Brasil é 5º melhor país para se investir, segundo a Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento). Mas o que a mídia não faz questão de dizer é que está exatamente atrás dos outros 3 integrantes do BRIC (Russia, India e China), que são os -- digamos -- concorrentes diretos/em potencial do Brasil, além, é claro, do US and A. Desnecessário dizer que não nessa ordem, né.
Mas ok, até que não é uma notícia ruim at all. Vamos comemorar. Cervejas de garrafas verdes, por obséquio.

Free Burma!

Porque não custa nada e as pessoas gostam de ver boas ações.


Free Burma!


e também porque eu não tinha nenhuma outra coisa interessante para postar por aqui hoje.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A novela do eucalipto

A revista da madeira, nº. 107 - ano 18 - Setembro de 2007, faz uma bela análise das pesquisas já feitas e cita uma série de conclusões sobre o eucalipto, essa árvore que gera tanta polêmica, e é uma das espécies mais estudadas no mundo. Geralmente apontado como vilão do solo, pelas acusações, infundadas, de ser um consumidor excessivo de água, e que expulsa outras espécies vegetais e animais onde se instala, entre outras besteirinhas.

Pura especulação, pois nada foi cientificamente comprovado. Basicamente, o consumo de água, dito exagerado corresponde proporcionalmente à criação de biomassa (facilmente transformada em energia) e não difere da média das outras culturas, assim como a demanda de nutrientes, que mesmo sendo alta, não destoa de outras culturas de rápido crescimento.

E ainda “Outro importante fator positivo é o potencial de seqüestro de dióxido de carbono – CO2, que, conforme pesquisadores é gigantesca, porque árvores jovens de grande produção de biomassa e de curto ciclo necessitam grandes quantidades de CO2 para a sua síntese. O potencial de seqüestro de CO2 é considerado, pela maioria dos pesquisadores, um dos principais, senão o principal, critério na avaliação do benefício eco-ambiental de uma planta.”

Acontece que, enquanto a falta de energia e o aquecimento global não extrapolarem os limites aceitáveis a monocultura de eucaliptos vai ser duramente criticada, assim como a monocultura da cana de açúcar, que gera o nosso álcool combustível. Penso que ambos são de extrema importância em um contexto de transição, do atual sistema baseado e também viciado em petróleo para a era pós-petróleo, e, diga-se de passagem, a transição não será curta nem fácil.

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Aliás .. olha o Paraná aí gente .. parece que eles saíram na frente na questão das sacolas biodegradáveis, ou, pelo menos, na redução do uso das sacolas plásticas convencionais, que no final das contas, acabam no lixões

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Review: O Vidente (Next)


O que você faria se pudesse prever os próximos 2 minutos da sua vida?? Usaria de artifícios para ganhar muito dinheiro em cassinos ou para conquistar a mulher da sua vida?? Em O Vidente – filme que teve sua estréia no último final de semana nas telonas brasileiras – Cris Johnson (Nicolas Cage), portador de tal habilidade, não poupa esforços para usá-la nas duas situações, quando percebe que em suas previsões vê a bela Elizabeth Cooper (Jessica Biel). Porém ao ser supostamente culpado de cometer um crime, Johnson passa a ser fiscalizado por seguranças de um cassino, e a agente do FBI Callie Ferris (Julianne Moore) começa a permanecer em seu encalço, uma vez que precisa da sua ajuda para impedir um ataque terrorista.
O filme tem recebido muita crítica, não somente advinda do país do Tio Sam, mas pelo mundo afora, tais como roteiro mal trabalhado e personagens sem nenhuma motivação aparente. Somente nos Estados Unidos o filme faturou pouco mais que um quinto do seu investimento (algo que girou em torno dos 70 milhões de dólares).
Particularmente gostei do filme e sugiro a todos que olhem, para que assim possam dar suas opiniões.
Ps: é um daqueles filmes que faz a pessoa pensar o que faria se tivesse tal dom. E aí?

Links Bacanas #6

Save the Planet - Drive a Porsche

Algumas piadas estatísticas.

Crazy Egg E veja aonde pessoas clicaram em seu blog.

28-hour day Porque um dia de 24 é demasiadamente curto.

Passo-a-passo de como receber recados do orkut no email

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

pá e tá

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dos filmes do final-de-semana. temos uma agüinha-com-açucar the condemned (os condenados, 2007, 113m, eua) que merece pontos apenas por ter um enredo um pouco diferenciado, mas que não seria muito dizer que não passa de um primo pobre de mind hunters. em seguida, o filme com mais palavrões por metro quadrado, alpha dog (alpha dog, 2006, 117min, eua) com bruce willis de figurante, mas até que é interessante at all. e para encerrar, ocean's thirteen (13 homens e mais um segredo, 2007, 122 min, eua) que continua com a série "banco de idéias para ladrões multimilionários". btw, nota-se uma pequena decadência na série. ainda estou à espera d'the brazilian's job.
the unbearable lightness of being (a insustentável leveza do ser, 1988, 171min, eua), começado mas não terminado por questões meramente técnicas. os primeiros 30min pareceu-me desviar um pouco do âmago do livro (what's new). eu penso que uma narrativa (à la filmes com lázaro ramos) seria mais interessante e quiçá mais comercializável. espero que ao final do filme eu não fique muito desapontado.

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hamilton agora com 12 pontos à frente de alonso, injustiçado por são pedro e seus cúmplices (engenheiros ignorantes que projetaram fuji e esqueceram de fazer uma drenagem decente em caso de duas centenas de milímetros de chuva) que acabou aquaplanando e rodando, junto com ele o tri-campeonato e o terceiro ano de "schumacher who?". btw, se algum dia alguém chamou o alemãozinho 7x de oportunista-mor, eis que surge o substituto mais-que-perfeito: hamilton, o oportunista-mor-mor. e o kubica estúpido deve ter faltado à algumas aulas de física. damn it!

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conselho de paimei n° 537: nunca falte à uma festa cujo seu nome conste na lista vip. principalemente quande se trata de aniversário de uma garota.

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equanto isso, na bbc: empresas com mais mulheres na direção têm melhores resultados, diz estudo. empresas com maior representação feminina em seu painel de diretores têm melhores resultados no mercado, segundo uma pesquisa da organização catalyst, que aconselha empresas sobre o papel e as oportunidades de mulheres nos negócios. depois quando eu digo que tenho medo das mulheres, vocês não me entendem.


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problema de se morar cidade com menos de meio milhão de habitantes n° 1349: ter que se contentar com músicos medíocres (do latim mediano) que se acham pop-stars em um teatro apertado e não muito confortável.

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e titio kasparov deve concorrer à presidência da rússia. colocando o xadrez em xeque, what you think? ok, essa foi fraca mas inevitável.