terça-feira, 29 de julho de 2008

Mercado Financeiro -- O que fazer?

Não são poucos os brasileiros que estão desesperados, perdendo muito mais que cabelos com as constantes quedas na bovespa. Muitos dos que resolveram investir sua poupança no mercado financeiro enquanto a economia vivia um momento de céu de brigadeiro, amarga consideráveis perdas com o mau momento da economia atualmente.

A situação é bastante complicada, a crise hipotecária americana que alguns juravam de pé junto que não afetaria a economia brasileira, tardou mas não falhou. E o pior é que a crise ainda não está resolvida, ou seja, previsão de bom tempo só alguns raros otimistas.

A pergunta que fica é: o que fazer em momentos como este? A verdade é -- e você já deve presumir isso -- não há uma resposta considerada correta/exata para essa questão. O que há porém, são alguns "pontos cardeais" pelos quais podemos nos orientar para evitar grandes perdas, ou perdas ainda maiores. Eis aí algumas:

1. Os blue chips são a maioria entre os 10 papeis que mais desvalorizaram ultimamente. Isso pode indicar um bom momento de compra, visto que a queda se deveu a fatores exógenos ao fundamentalismo, ou seja, não há nada de errado com os papéis.

2. Papéis de empresas do setores financeiros, mais especificamente bancos, que apesar do crédito fácil ser um atrativo para inadimplência, especialistas afirmam que está longe do tão temido subprime.

3. E há também aqueles que apostam na subida do dólar comprando papéis de empresas do setor exportador, o que é meio expeculação porque nada garante que o dólar irá subir. Nem o contrário, é claro.

Para encerrar, a Exame desta quinzena (N.º 923), divulgou a carteira de ações que o investidor deve montar para se proteger dos solavancos da bolsa na matéria "Como se proteger durante a crise", embora muitos investidores preferem não confiar nos analistas entrevistados pela Exame.

15% Petrobras
15% Vale
15% Vemig
10% CSN
10% Itausa
10% Bradesco
10% CCR
10% AES Tiete
5% Usiminas

A Falácia DOHA

A rodada DOHA está nos centro das atenções dos noticiários políticos e econômicos. Muito se critica as nações industrializadas que pregam o liberalismo mas não o praticam. Afinal, será que esse liberalismo comercial é realmente bom para a economia brasileira? A resposta de todo bom economista: depende.

Neste ano, a rodada ficou marcada pelo incansável discurso de Celso Amorin dizendo, em outras palavras, que é melhor um pássaro na mão do que dois voando, ao mesmo tempo em que recebiamos severas críticas de correligionários de aliança comercial acusando o Brasil de traição.

A negociação estava mais ou menos assim, na área agrícola, os Estados Unidos haviam prometido o teto de US$ 14,5 bilhões ao ano para os subsídios concedidos a seus agricultores. Para o nosso atual ministro de relações exteriores, isso é considerado positivo

Enquanto isso, os países em desenvolvimento - ou seja, para o Brasil e seus sócios do Mercosul - se comprometeram em cortar 54% nas tarifas de importação de bens industriais, com margem de proteção para 14% das linhas tarifárias. E é aí que mora o perigo.

Reduzir impostos sobre produção industrial significa sufocar a indústria nascente, ou seja, todo esforço no sentido de desenvolver uma indústria nacional que é símbolo de uma nação economicamente desenvolvida, será jogado fora para favorecer aquilo que já temos de mais forte: a agricultura.

Com isso os liberais riem à toa, não existe nada mais ricardiano do que isso. Teoria da Vantagem Comparativa total. E é aí que entra o depende. Se o Brasil quiser ser para sempre conhecido como o celeiro do mundo, é ótimo, vamos produzir soja como nunca antes. Porém, se um dia quiser se desenvolver tecnologicamente, será tarde demais.

E enquanto o desenvolvimento não vem, o Brasil fica assim, a ver navios, indo e vindo. Porque para nós é super normal ver navios abarrotados de soja indo em troca de alguns com microchips vindo. Mas concordamos que os portugueses foram estúpidos quando assinaram o tratado com a coroa inglesa para vender vinhos em troca de trigo.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Liberalismo para liberal ver

É do saber de todos que os idealizadores deste blog não são muito simpatizantes dos ideais liberais. A começar por mim, é claro. É claro também, que não sou a favor do totalitarismo ou afins. Acredito que a economia de mercado, de livre concorrência, é imprescindível para o desenvolvimento. Mas acredito também que em certas circunstâncias/situações, o governo precisa intervir para dar um "empurrãozinho" -- pois caso ele não faça, ninguém mais o fará.

Porém, há os liberais fanáticos, crentes na mão invisível e que criticam veemente qualquer tipo de intervenção estatal na economia. Para justificar suas idéias, dão como exemplo o maior de todos, a potência mundial, os Estados Unidos da América. Porque, afinal, a América é livre!

Livre é, só não é imune a crises. E digo, mais certo que os liberais extremistas, estava Nietzsche com seu eterno retorno.

Assim como o New Deal -- que nada mais foi do que um conjunto de idéias Keynesianas *heterodoxas* intervencionistas -- foi a salvação para "américa" depois da crise de 29, eis que a mão invisível esquece de aparecer (de novo) e o governo americano resolve dar uma ajudinha para Fannie Mae e Freddie Mac. Ajudinha, porque eles são bonzinhos, afinal.

E ainda assim são chamados de liberais. Intervêm diretamente na economia, dão subsídios para Deus e mundo, invadem países, retaliam nações, enforcam presidentes, mas são liberais: laissez faire, laissez aller, laissez passer. É claro que são.

sábado, 5 de julho de 2008

Reviews

O Orfanato (El Orfanato)
Um orfanato que anos mais tarde foi comprado por uma das crianças que lá foi criada. Sendo assim, seu filho, também órfão e com alguns problemas de saúde, começa a ganhar alguns amigos dentro e na região próxima à casa. Os pais despreocupados, a criança mais agitada e logo após desaparecida, pessoas aparecendo na casa altas horas da noite e uma boa trama entre os personagens do filme fazem dele um bom suspense.
Nota: 3,4




Diário dos Mortos (Diary of the Dead)
Zumbis: pessoas que morrem e que logo em seguida retornam à “vida” para receberem um tiro na cabeça e aí sim morrerem. Sabe aquele filme, o Resident Evil. Então, esse trocou o nome, atores/personagens, e o enredo, fazendo com que o filme seja muito ruim. Pode-se dizer que leva um ponto positivo pelas cenas sanguinárias, mas só!
Nota: 2,4


Efeito Dominó (The Bank Job)
Um assalto a banco. Mas nada tradicional. O alvo da vez não são dólares, ouro ou qualquer outro tipo de tesouro. O que está em jogo é a corrupção, a polícia, condutas mesquinhas e comprometedoras. A trama é baseada em fatos reais, o que faz dela um ótimo filme com um toque de realismo. Interessante é seu slogan: “Entre todos os envolvidos, os criminosos são os mais inocentes.”
Nota: 4,1


Quebrando a Banca (21)
Blackjack (21 para nós) é um famoso jogo de cartas, mas que no Brasil não é muito corriqueiro, tão jogado quanto ao poker em cassinos e sites de aposta. Só que segundo as regras é proibido contar as cartas, onde se teria vantagens em relação à banca, aumentando os exorbitantes lucros. Com atores famosos e uma idéia bem bolada, o filme é, para aqueles que gostam de jogo de cartas e o mundo das apostas, bem interessante.
Nota: 4,2