Outrora eu fiz um breve comentário em um post passado que muito em breve o Brasil porderá cair na armadilha do crédito. Por que? Simples, basta sairmos hoje às ruas e verificar o quão fácil é conseguir créditos, e não me refiro aqui a quantidade exorbitante de financeiras e afins que multiplicam-se em cada esquina. Falo de outros empreendimentos que oferecem crédito fácil como atrativo para novos clientes com parcelas a perder de vista. Além das tradicionais financeiras e cooperativa de crédito, hoje qualquer rede de lojas, seja de roupas, eletro-eletrônicos ou até supermercados oferecem cartão de crédito a seus clientes. O grande problema vai ser quando os consumidores terão mais créditos do que podem pagar efetivamente, e, por isso, a inadimplência subir, gerando assim os créditos podres. E que, penso eu, não está muito distante de acontecer.
O que tem salvado o Brasil ultimamente de uma catástrofe é a tendência de queda dos juros que vem sofrendo cortes constantemente e tem facilitado o pagamento das dívidas, caso contrário a encrenca seria bem grande.
O presidente da General Motors do Brasil, Ray Young, já alertou em uma entravista ao Portal Exame: "O crédito farto para o financiamento de veículos, com prazos para pagamento de até sete anos, pode provocar uma crise financeira semelhante à que ocorre atualmente no mercado imobiliário norte-americano com as hipotecas de risco. 'Pode ser o nosso subprime'".
E isso que ele se refere apenas o setor automobilistico, mas infelizmente, não é apenas no setor automibilístico que está sobrando créditos. A saber, o mercado de cartão de crédito tem crescido assustadoramente. Somando isso à notícia que a maioria destes cartões vão para a classe C e D, é só ligar os pontos e a situação fica um pouco mais alarmante.
E não precisa ir muito a fundo para descobrir isso, é só acompanhar o noticiário que a gente percebe a bolha de crédito que está se formando e parece que ninguém está vendo. Eu só espero que quando decidirem fazer algo não seja tarde demais.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Crise de crédito [coming soon]
Postado por Luis Henrique às 16:41
Marcadores: Economia, Mercado Financeiro
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