segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ironia do Destino

Momento oportuno para estrear um post sobre futebol não teria igual a este. O assunto central do momento é a próxima (e última) rodada do campeonato brasileiro. Mais especificamente o Grêmio e o Internacional. Então, comentaristas das mais diversas áreas dos diferentes vínculos midiáticos se voltam ao caso grenal (ao menos aqui no RS). Quando perguntado, hoje pela manhã, a um meteorologista qual é a previsão do tempo para a semana, ele logo respondeu:
- Pois é, este é um assunto delicado, mas ainda sou daqueles que penso que profissionalismo vem em primeiro lugar, então penso que o Grêmio deve jogar para ganhar!

Bom, brincadeira a parte, aconteceu o que muitos previam (mesmo alguns não desejando). O título do internacional depende diretamente do jogo do Grêmio e a partir daí já estão surgindo algumas suposições:
Inter promete dividir taça em caso de vitória de seu rival. Grêmio ganhando a partida fará carreata, carregado em carro de bombeiros pela torcida colorada. Grêmio resolve dar férias para grupo principal, amistoso marcado no domingo com os reservas e treino para os juniores, escalando assim seu grupo sub 13 para o jogo.

Está ok, sem mais brincadeiras, este é um exemplo de como o povo gaúcho é radical e eterno defensor de seus ideais. Outro aspecto presente é de como a emoção, ou paixão, prevalece sobre a razão, pois em caso de jogadores gremistas, de coração (e não somente de profissão) estar em campo no domingo, eles nunca, eu reafirmo o nunca, jogarão para ganhar o jogo. Há de se ressaltar que a questão ética também entra em campo, e creio que nenhum jogador gostará de ser lembrado como “entregador”. Cartas na mesa, palpites ao vento e apenas uma certeza: gremistas de todos os pampas, salve rara exceção, torcerão contra seu time e todos colorados, aí neste caso sem exceção, incluindo até o mais fanático deles, balbuciarão (mesmo que imperceptivelmente) um ‘feitooo’, em caso de gol tricolor no próximo domingo. Peripécias desta fórmula privilegiadora e que permite tal situação, aí já na opinião deste autor, por esta semana, flamenguista

sexta-feira, 13 de março de 2009

Crise ou Terrorismo?

Nos últimos dias ouvi algo no qual me chamou atenção de amigos e familiares. Se ainda tivesse sido de apenas uma pessoa, creio que passaria despercebido ou até mesmo seria motivo de piada entre em uma roda de amigos, mas já ouvi em três situações distintas. O caso é o seguinte: durante um bate papo, logo surge o assunto da crise (algo um tanto quanto enfatizado nos últimos meses) e ouço uma hipótese curiosa, por assim dizer: “Esse negócio de crise é pura bobagem, tudo isso é terrorismo do Jornal Nacional. Ele só vem ao ar para mostrar índices negativos, aí é óbvio que tudo vira caos.”

Admito em um primeiro momento ficar surpreso com tal raciocínio, porém após ouvi-lo novamente (com palavras similares, e mídias “inferiores”) e parando um segundo para refletir sobre o assunto já diria que o pensamento não está de todo equivocado. A crise está aí – e vai longe – mas vejamos: o papel da imprensa (aí está inserido o JN) é informar, esta é sua função social. A pergunta que surge seria: caso a mídia como um todo, onde estariam os jornais, telejornais, internet, etc. publicassem apenas os índices positivos (que estão escassos em meio ao holocausto financeiro) esta crise será mais amena?

É fato que os acontecimentos fazem a notícia, mas e a recíproca também é verdadeira? Infelizmente estas perguntas não têm como serem respondidas na prática, entretanto um momento de reflexão é válido.

O pior disso tudo é estar procurando emprego em meio este bombardeio, seja negativamente financeiro ou informativo.