quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sociedade Pós-Capitalista - Um quase review

Já comentei lá no Twitter (mas de novo Luis Henrique? Pois é, como disse Fábio Seixas outrora, o twitter é também um behind the scenes dos blogs -- mas voltando ao assunto) comecei a ler um livro essa semana meio que por acidente e, ao que tudo indicava, seria um dos livros mais interessantes lidos por moi.

De fato, seria muito mais interessante se o livro acabasse na introdução, ou, em último caso, a introdução mais a última seção.
O livro em questão é "Sociedade Pós-Capitalista" do honorável Peter Drucker. Na obra, original datada de 1993, o autor tenta "prever" o futuro e discorre, na visão dele, sobre como será a sociedade, então denominada pós-capitalista. Em resumo, o autor enfatiza sobremaneira que o conhecimento será a mola-mestra da nova ordem e que moverá tudo e a todos.

Em "Sociedade Pós-Capitalista", Peter Drucker descreve como a cada uma ou duas centenas de anos ocorreu uma transformação aguda, que afetou grandemente a sociedade -- sua visão de mundo, seus valores básicos, suas empresas, sua economia, e sua estrutura política e social. De acordo com Drucker, estamos agora atravessando (quase finalizando) outra época de mundanças radicais, da Era do Capitalismo e da Nação-Estado para uma Sociedade do Conhecimento e uma Sociedade de Organizações. O principal recurso na sociedade pós-capitalista será o conhecimento e os grupos sociais mais importantes serão constituidos pelos "trabalhadores do conhecimento".

Examinando passado e futuro, Drucker discute a Revolução Industrial, a Revolução da Produtividade, a Revolução Gerencial e o controle das corporações. Ele explica as novas funções das organizações, a economia do conhecimento e a produtividade como prioridade social e econômica. Analisa a transformação da Nação-Estado em Megaestado, o novo pluralismo dos sistemas políticos e a necessária reformulação do governo. Drucker ainda detalha as questões do conhecimento e seu uso, bem como, o papel do conhecimento na socidade pós-capitalista

Eu, um entusiasta do desenvolvimentismo meio neo-schumpeteriano, não pude deixar de achar o assunto mega interessante e lê-lo o mais rápido possível. Mas, fato é que Drucker deixou para tratar sobre o conhecimento, tão enfatizado na introdução, lá na última seção do livro.

O livro como um todo é interessante, não como imaginei que seria, mas em parte o é. É interessante saber como um visionário, tal qual Peter Drucker, imaginou a sociedade, bem como todos os seus inter e intra relacionamentos, há 1,5 década, quando o computador, hoje indispensável, estava começando a desempenhar seu papel.

Uma sociedade cada vez mais centrada no conhecimento, nas especializações, nas especificidades, em uma espécie de releitura da teoria ricardiana de vantagens comparativas.

Paradoxalmente, o livro abrange várias áreas como sociedade, política e quetais, sendo assim, penso eu, interessante para uma diversa gama de profissionais variando de antropólogos, socióligos, cientistas políticos a até economistas, administradores e afins.

Mas dentre tantos temas e assuntos por ele tratados, eu destaco um que me chamou especial atenção -- e não é sobre conhecimento. A velocidade dos ciclos. Como a periodicidade dos ciclos é cada vez menor e a dinamicidade das sociedades é cada vez mais perceptível. Escrever um livro sobre como será a sociedade, ou como esta se comportará daqui a algumas décadas, é muito mais difícil do que algumas décadas atrás.

Enfim, o livro é bom, o autor é bom, e o assunto é interessante. Para finalizar, o desfecho:

"Mas uma coisa podemos prever: a maior mudança ocorrerá no conhecimento -- em sua forma e conteúdo, seu significado, sua responsabilidade e naquilo que significa ser uma pessoa instruída"


PS.: Com este, eu consigo atingir minha meta de ler mais de um livro por mês. \o/
PPS.: Tudo bem que o outro eu tinha começado a ler ano passado, mas dá um desconto, era um brutamonte de 500 páginas, né!!
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Homossexual a explicar um poema

Isso é muito engraçado. Dispensa qualquer "nariz de cera".

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

econometria~twitter

what are you doing?
(one simple question)


prometi lá no twitter esses dias que publicaria por aqui um texto muito bonito que tinha em mãos. ei-lo:

"A regressão de uma série temporal que possui raiz unitária contra outra que também possui raiz unitária pode produzir uma regressão espúria. Como todas as variáveis do modelo trabalhando individualmente são I(1), ou seja, integradas de ordem 1 seá feito o teste de co-integração de Engle-Granger com os resíduos da regressão contendo as variáveis em nível para ver se em conjunto a equação é estacionária."


com o intuito de não perder leitores, parei por ali. esse parágrafo foi retirado de uma apostila de econometria, no sub-item onde, a priori, explica o teste de co-integração. aí complica a vida do brasileiro.

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a econometria como um todo não tem nada de simples. um curso de ciências econômicas pode ser divido em AE (antes de econometria) e DE (depois de econometria).

para quem não sabe, econometria é uma cadeira obrigatória do curso de economia e poderia ser definido como uma mistura de (~10%) estatística, (~10%) cálculo, (~10%) teoria econômica e (~82,7%) bruxaria, apesar de haver muitos professores por aí que facilitam abissalmente a vida dos alunos, o que, em um todo, isso é péssimo.

como estive fortemente embuido em freelancers econométricos semana passada juntamente com o Michel, quase todos meus pensamentos vinham acompanhados de insights econométricos. quase igual quando se entra no twitter, tudo que você faz, faz pensando em como você poderia "twittar" aquilo. fazendo uma junção dos dois então, temos um modelo econométrico do twitter, apenas para exemplificar.

FT = β0 + β1 Mkt + β2 ET + β3 Blog + β4 TI_Guys + ε.

onde a variável explicada (FT) são meus followers no twitter, e as variáveis explicativas são (Mkt) marketeiros/publicitários/e afins, (ET) entusiastas de tecnologia, (Blog) Blogueiros, (TI_Guys) pessoas que trabalham com informática day-by-day, e (ε) Erro -- variáveis presentes mas que não ajudam a explicar o modelo, que no caso seriam os amigos, conhecidos e outros peers que não se enquadram em nenhuma das condições especificadas -- mais o intercepto (β0).

ao rodar a regressão, teríamos o coeficiente que definiria o modelo. não, eu não vou fazer isso.

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falando em twitter, Lorenzo Frazzon agora também está por lá, meio que representando a XP Investor, mas está. a saber, Lorenzo é analista e corretor da XP Investimentos, e, além de colega amigo e parceria para nerds e não-nerds on beer, é o responsável por 2/3 dos escritores deste blog serem investidores na bolsa, bem como, de 'mercado financeiro' ser um dos assuntos por aqui tratados. então, de hoje em diante, qualquer informção sobre mercado financeiro, bolsas de valores e quetais é com o @LorenzoXP.

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ainda sobre twitter, alguém já reparou a diferença brutal entre FF e IE no twitter? segue aí um screenshot da página de design. (clique na imagem para ampliar)


e eu ainda não consigo acreditar como pessoas sobrevivem *apenas* com IE, né Michel? =/

domingo, 27 de janeiro de 2008

O segredo

Sarcasticamente falando, vou queimar a língua logo logo por causa desse post, no final vocês entenderão o porque. Mas é assim, começo a ver algum pouco de realidade no filme “o segredo”. Explico.

Resumidamente o segredo é a lei universal da atração magnética. Uhum, wow, complicado. É realmente necessário um filme explicando uma coisa tão .. simples, simples mesmo. Sabe aquela história de não correr atrás das borboletas .. é. Vale dizer, são os seus pensamentos que moldam você e o que acontece com você. Pense coisas boas e veja-as acontecerem. Seja uma boa pessoa que você ficará rodeado delas. O resultado é interessante quando você se torna responsável por .. você.

Sem mais explicações, o filme está recomendado, pedirei para Michel, o cara, o cara dos reviews e posts de sucesso, fazer o review mais adiante.

Agora .. a realidade, eu nunca recebi cheques pelo correio, não tenho uma ferrari e não tive a quantidade de legos que eu adoraria ter, posso ter sonhado com isso, mas amadurecer as idéias é preciso. Uma ferrari não entraria na minha garagem! O segredo é algo relativamente simples e de conhecimento muitas vezes implícito, existem pessoas que usam pra valer, as que usam e não sabem, as que querem usar e não conseguem, as que acham que usam do modo certo mas não, as que nem se tocam que é feito pra usar e as que usam ao contrário. Dentre esses, os opostos dão uma noção clara de como funciona, é basicamente otimismo x pessimismo. O segredo é usar o otimismo, mesmo que frio e calculado, induzido, não importa.

Otimismo frio e calculado, como assim? Parece falsidade, mas não é. Seguinte, direcione seus pensamentos para as coisas boas, pois você atrai aquilo que pensa, lembra? Pois então, force isso acontecer, nada de stress inútil e comentar sobre doenças, mortes ou desgraças, a não ser que você queira .. bom deixa pra lá.

E a Dercy Gonçalves não morre por quê? Ora, porque ela não fala de morte, e quando o assunto vai nessa direção ela logo manda você tomar bem no meio do olho do seu fiofó, bem assim mesmo.

Put your hands up.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

[untitled | 23.01.08]

E continuando o assunto sobre mercado financeiro, linco aqui algumas matérias interessantes. Aqueles que se interessam pelo assunto, tomem nota (os que não, scroll down!):

O Valor fez um guia do que fazer em épocas de crise em meio a qual estamos passando. Matéria crucial para qualquer investidor estar por dentro do que os principais analistas de mercado pensam e recomendam. Além de falarem o básico, que é tempo de cautela, eles falam também que é tempo de cautela. Mas ainda assim é interessante. Take a peek.

Já o Rodrigo Constantino explicou por a-mais-bê o por quê da crise, é claro, em sua visão ortodoxa (versão escola austríaca). Apesar da minha pequena inclinação para a heterodoxia, não pude deixar de achar graça do muito bem humorado comentário sobre os adeptos de Keynes:

"Mais liquidez! [referindo-se ao pacote do Mr. Bush de US$150 bi anunciado na sexta-feira (18.01)] Só que essa medida artificial não iria alterar a realidade dos fatos. Os keynesianos nunca foram capazes de compreender direito isso. Acham que um sujeito consegue se suspender puxando o seu próprio suspensório."

Não sou adepto do tipo de vestir a camisa da escola austríaca e sair por aí dando brado liberais, mas concordo com um bocado de coisas que eles falam. Uma delas é o resultado trágico da expansão de crédito.

"Não há meio algum de se evitar o colapso final de uma expansão econômica gerada pela expansão do crédito. A alternativa é apenas se a crise deve chegar antes como o resultado de um abandono voluntário de mais expansão do crédito, ou depois como uma catástrofe final e total do sistema monetário envolvido."

E, para a infelicidade geral da nação, não preciso eu dizer que o Brasil está seguindo os mesmos passos da economia americana, é claro, em sua versão "subdesenvolvido/emergente", oferecendo créditos para Deus-e-o-mundo tudo em 76 vezes, com planos especiais para aposentados e pensionistas. As notícias/propagandas/boletins falam por si.

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mudando de assunto -- e talvez isso seja até assunto para outro post, mas vai neste mesmo, afinal estamos na iminência de uma recessão, não é mesmo? -- ontem estava lendo "Moacyr Scliar - O Texto, ou: a Vida", uma autobiografia que ganhei de presente de natal do prezado Michel, e da qual comentarei em breve quando tiver mais tempo (ou, assim espero), me deparo com um conto interessantíssimo.

"Os Contistas". é um conto sobre contistas e seus contos e do que são capazes de fazer para vender, divulgar, propagar seus contos. mas o que mais me chamou a atenção foi a incrível identificação de blogueiros com contistas (e/ou vice-versa). suas pluralidades, sua ganância, seu almejo de estar em evidência, enfim, se o conto se chamasse "os blogueiros", ainda assim, cairia como uma luva (não há em versão online. pelo menos foi o que o oráculo me disse). aliás, fica aí uma ótima idéia de paródia para os privilegiados com as letras. uma idéia CC. =)


// estou ficando sem criatividade para nomear meus posts. quem tiver sugestões e/ou dicas, raise your hand. =)

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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sobre (mais uma) segunda-feira negra

Há tempos não se fala por aqui sobre Mercado Financeiro, mas a catástrofe de ontem não poderia passar em banco. No entanto, devido à algumas pedras no meio do caminho, o post só saiu hoje.

Ontem foi um dia para entrar na história, mas daqueles dos quais ninguém gostaria de fazer parte. Um dia para se esquecer (se conseguir, diga-me como). Segue aí um mini-clipping como resumo:

Valor de empresas da Bovespa já caiu R$ 344 bi no ano
Com a queda de 6,6% ontem (acumulado no ano 15,93%), o valor de mercado das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já caiu R$ 344,9 bilhões.

George Soros diz que atual crise financeira é a pior desde 2ª Guerra Mundial
O multimilionário de origem húngara afirma que os Estados Unidos estão ameaçados por uma recessão que pode contagiar a Europa, embora isso não seja compreendido assim no Velho Continente.


O Rodrigo Prior fez uma sábia observação sobre o drama que muitas pessoas estão passando no momento devido à crise:
"é o risco de quem investe pela influência de rumores, sem saber o que realmente está fazendo"

Muita gente entrou na Bolsa na época do oba-oba pensando que a Bolsa era o meio mais prático, rápido e fácil de ganhar dinheiro. Não que isso seja totalmente uma falácia, mas tudo tem seus prós e contras. (lembra da Teoria da Distribuição Bicaudal?)

Desde que este blog começou a ter como pauta o mercado financeiro, e em épocas de céu de brigadeiro impulsionados pelo bom desempenho da economia mundial, nossa recomendação basicamente era: "bolsa é uma boa, mas precisa ser cauteloso."

O que está acontendo é quase que um erro de lógica. Do que adianta a economia mundial crescer com produções em níveis de mil milhares, sendo que a economia americana, a grande compradora, não consegue comprar nem milhares?

O efeito do pacote do Mr Bush de liberar até US$ 150 bi para evitar a recessão foi como tentar parar um trem de carga em alta velocidade com um tiro de um 9mm. 150 bi é equivalente a 1% do PIB americano e o mesmo que circula em um dia no mercado asiático. A decepção foi generalizada.

E hoje o dia começou negro na ásia. Perdas e mais perdas catastróficas. Um hora após a abertura do pregão, o índice da Bolsa da India marcava perdas de 9,75%. Tudo indicava que ia ser uma continuação de ontem. Felizmente, o FED resolveu se reunir em caráter emergencial e cortar as taxas de juros em 0,75% para 3,5. Isso deu um pouco de fõlego para os investidores e que tem assegurado, até o momento, um ensaio de recuperação.

O que tem aos montes hoje nos principais jornais são especialistas dizendo que o momento agora é para ter calma e esperar o mau tempo (algo como um furacão de nível 6) passar. Que temos que pensar no longo prazo e blá-blá-blá. O que é ao mesmo tempo óbvio e a única coisa a ser dita. Não há nada que possa ser feito além de esperar que os investidores reajam bem às iniciativas tomadas pelo FED e torcer para que os americanos resolvam gastar mais, pois só assim estaríamos, quiçá, livres um momento negro na história da economia mundial.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

cinco mais ou menos anedotas

eu sei que você já está careca de saber sobre o macbook air e de tudo que rolou na MacWorld 08. mas deixe-me tecer alguns cometários. é rapidão, eu prometo.

:: um
com $1969 (vs. 1800 do novo brinquedinho de jobs, que, de igual forma, todos sabem de-cor-e-salteado suas configurações) você pode comprar um substituto quase perfeito:

Vaio Core 2 Duo 1.8 Ghz, 2Gb de ram, 240 HD, com direito a drive Blue-Ray e um monitor de 17" "full HD". veja.

o único problema que esse substituto é uns 3 Kg mais pesado que o air e já vem com windows vista instalado.

:: dois
duh! mr. jobs. se se tirando o drive ótico, é óbvio que a parada vai ficar infinitamente mais fino (e leve), né.

:: três
e pelo que parece, a receptividade dos investidores à keynote do ex-sócio-fundador-hoje-apenas-CEO da apple, steve jobs, não foi das melhores. AAPL despencou horas depois. o Rodrigo Prior explica melhor.

:: quatro
segundo a folha, a apple está cogitando trazer o air para terras tupinambás já em março deste ano. a saber, a preços não muito aprazíveis. agora eu me pergunto: por que é que o mega hype-desejo-de-qualquer-ser-humano iPhone, que foi anunciado na MacWorld 07 e comercializado desde junho 07, ainda não tem nem previsão de chegada no Brasil?

:: cinco [off topic]
alguém reparou o mega telão full HD que jobs utiliza em suas apresentações? na cobertura 'ao vivo' da keynote, tem umas fotos interessantes (check this out). [sonho] minha tese de doutorado vai ser apresentada num desses aí [/sonho]

eu falei que era rápido.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

sobre o capitalismo e a "teoria da distribuição bicaudal"

as pessoas adoram reclamar do capitalismo. falam que ele é a causa de todo mal que há no mundo, que é a causa de toda a pobreza e blá-blá-blá. alguns até *criativamente* chamam-no de 'capetalismo'.

mas essas mesmas pessoas se esquecem de alguns "benefícios" que só o capitalismo proporciona, das quais eu duvido que abririam mão. nomearemos alguns:

graças ao capitalismo, você pode caminhar no parque confortavelmente com seu tênis com um super sistema de amortecimento desenvolvido especialmente para caminhadas, escutando suas músicas preferidas no seu iPod.
graças ao capitalismo você pode ir ao shopping com sua(eu) namorada(o) e ver um filme em um cinema com qualidade digital tomando um milk shake de ovomaltine ou comendo pipoca com seu refrigerante preferido.
mas se tiver chovendo, você pode ficar em casa mesmo e, graças ao capitalismo, assistir um filme ou qualquer outro programa interessante que estiver passando em algum dos cento e quarenta e dois canais da sua tevê por assinatura na sua TV de plasma de 42", e pedir uma pizza ou um china box na comodidade do seu sofá.

enfim, todo avanço técnico-científico fruto de intensivos investimentos em P&D é graças ao capitalismo que não só incentiva, mas faz da inovação, seja ela tecnológica, qualitativa ou afins, condição sine-qua-non para sobrevivência de uma empresa competitiva em um ambiente capitalista.

é graças ao capitalismo também, que os serviços prestados (com exceção dos das telefônicas, evidentemente) nos proporcionam cada vez mais satisfação e comodidade. é graças ao capitalismo que eu posso escrever neste blog sem precisar gastar um centavo para isso, e você pode ler aí também sem precisar pagar nada por isso.

mas é claro que nem tudo é um mar de flores. e é aí que entra a "teoria da distribuição bicaudal" (TDB). para toda 'coisa boa', há uma 'coisa ruim' na mesma proporção, assim como para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade.


considerando o quadrante I como o de 'coisas boas' e o II como o de 'coisas ruins', para cada ponto em I (x,y), há um ponto correnpondente em II (-x,y). e não é difícil observar que quanto maior o x, ou, quanto 'melhor' for, maior será, em valores absolutos, o -x. e essa teoria pode ser aplicada em muitas e muitas áreas.

[nerdisse] não, não existe nenhuma "TDB". isso é só mais uma invenção minha (ou, se existe, não me avisaram e nem pubilcaram no google). mas a meu ver, a tríade "TDB", N.º 42 e a regra de três, explica o mundo, bem como (quase) tudo que nele há. ponto. [/nerdisse]

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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Apagão de evolução

Não é porque foi prometido o apagão lá pros anos de 2011 [data um tanto longínqua e suspeita] que nas previsões de 2008 ele não deveria estar incluído.

Aqui na minha cidade, interior do interior gaúcho, já estamos acostumados com a falta de luz às tardes, quando acontece, acendemos o fogão com um palito de fósforo, aquentamos a água para o chimarrão, e ficamos mateando e contando o tempo até começar a circular o caminhão da empresa responsável pela rede elétrica [aqui moramos em casas com grama e jardim na frente]. Geralmente em duas horas está resolvido. O problema que se configura não importa, importa mesmo é que ele não deveria existir.

Se fosse para escrever um livro, diria que o passeio do caminhão, é um mero instrumento de análise do perfil do consumidor, com ordens superiores a cumprir e a ocultar os sujeitos ali nos observando não passam de calhordas sujos e sem família sorrindo contidamente. Até que o pessoal do pacato lugar um dia... Mas isso não é verdade. Retomando..

Faltou gás, água, faltou o que mesmo? Faltou o planejamento, por isso não desligo mais a televisão, nem abro mão do ar condicionado nas noites quentes, racionar energia para perpetuar o problema nunca mais. [Lembrar de ser mais sensato em algum momento neste mesmo lugar e horário]. Aumentos consecutivos dessas e daquelas taxas prometiam melhor eficiência na rede elétrica, mas as oscilações ainda são constantes, irritantes, tenha três ou mais estabilizadores de tensão em casa e fique pirado com os estalinhos. Geladeira e freezer chegam a pedir socorro.

E ainda tenho que ouvir que as soluções [veja bem, então temos o problema] serão tradicionais, no Brasil parece que nenhuma hora é a hora, a inovação não nos pertence, ajuda-se um setor com problemas momentâneos, perpetua-se o problema, mas as energias limpas e descentralizas que poderiam amenizar – e porque não acabar – com o problema, continuam em baixa. Deve haver alguma questão de concentração do poder, como sempre há.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Fuma folha de bananeira

A liberdade de o cidadão fazer o que bem entender da sua vida não pode ser negada, desde que ele seja responsável pelos seus atos. Frisando, desde que ele seja responsável pelos seus atos.

E esta notícia é para você, caro amigo/leitor/cliente, cujas promessas de final de ano incluíam o tão famoso parar de fumar, pode ficar preocupado, mas não acenda um agora, pois você precisará de fôlego, aliás, ele anda bem mal não é?

Que as medidas anti-tabagismo vem sendo adotadas em todo o mundo é sabido. Conseguiram certos resultados, precisam evoluir, e vão evoluir, com a ajuda destes três pesos pesados da categoria formação de tendências:

Na França, uma medida mais tradicional, aonde as medidas anti-tabagismo vem sendo recrudescidas faz muito tempo, e em fevereiro de 2007 os franceses já não podiam mais fumar em locais públicos como escolas e empresas. A medida parece que agradou mais do que repudiou. Franceses..

Na Inglaterra, uma medida muito esperta, lá está sendo inserida a questão da responsabilidade do paciente pela sua própria saúde, e isso pode representar muito mais do que as tradicionais multas. Parece lógico, e pode ser bastante cruel.

No Japão, a medida mais drástica, é proibido fumar até na rua, para - quem sabe em pouco tempo - os japoneses não precisarem mais andar com máscaras nas ruas. Interessante é que nem precisa fiscalização, se está dito, está dito.

Mas como escrevo para brasileiros também, que podem não entender indiretas como os britânicos, é o seguinte, logo em breve, você terá que responder a um questionário do capitão nascimento justamente na entrada do hospital. Já imaginou?

domingo, 6 de janeiro de 2008

Aprenda a dançar em 2008

Aprenda a dançar com esse cara:



E agora, imite a vontade, não se envergonhe, pois ninguém precisa saber que você já sabe como e quando dançar porque viu o vídeo, aliás, como diz na própria descrição, muito disso você já fez. Camone, admita.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Beleza vs. Inteligência

Eu já disse que, a meu ver, há um certo trade-off entre beleza e inteligência. Há até uma explicação pseudo-científica para isso, mas deixa isso para um outro post. Minha teoria ainda não está completamente convincente.

Mas para ajudar a comprovar minha teoria, tem esse vídeo de uma miss teen da Carolina do Sul para qual perguntaram:

"Uma pesquisa mostra que 50% dos americanos não conseguem localizar os Estados Unidos em um mapa mundi. Por que você acha que isso é assim?"

Veja a beleza da resposta:



Traduzido mal e porcamente seria mais ou menos isso:

Eu pessoalmente acredito que os americanos são incapazes de fazer isso porque, uh... algumas pessoas na nossa nação não têm mapas e eu acredito que nossa educação, como a África do Sul e... uh.... o Iraque e todos os lugares como esses e eu acredito que eles deveriam... nossa educação aqui! nos Estados Unidos! Deveriam ajudar os Estados Unidos, deveriam ajudar a África do Sul e deveriam ajudar o Iraque e os países na Ásia, e então nós poderemos construir nosso futuro... para nossas crianças.

Alguém ainda discorda?

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O futuro é agora e a melhor notícia de 2007

E a BBC Brasil publicou ontem uma reportagem comentando uma outra do LA Times que faz aquela velha piadinha de que o Brasil é a economia do futuro. A graça da piada, estava no fato de que o futuro nunca chega. Mas dessa vez, segundo LAT, o futuro chegou.

A reportagem é bem interessante (como você pode conferir aqui). Cita o crescimento da economia brasileira diante do "otimismo mundial" no ano de 2007 e ainda cita algumas empresas (como Embraer, Oderbrech, Petrobrás...) que merecem destaque por seu crescimento a nível mundial.

Mas nem só de boas novas vive o homem. A reportagem também menciona as necessidades que o Brasil tem para alcançarmos de fato o tão almejado crescimento sustentável, sendo a principal delas o investimento em infra-estrutura e, a não dependência das commodities ameaçadas com uma porventura quebra dos EUA. Implicitamente, um desenvolvimento técnico-científico.

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E é aí que entra a melhor notícia lida em 2007, que por ironia do destino, foi no "inho". Em um entrevista cedida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, à Agência Estado, Miguel Jorge faz um discurso lindo de encher os olhos qualquer desenvolvimentista.

Separei alguns trechos que achei mais interessante:

Jorge defendeu que é preciso haver agregação de valor às exportações, pois apenas cerca de 30% delas são produtos de alta e média intensidade tecnológica. Mas foi enfático ao afirmar que nenhuma política industrial é capaz de reverter, em apenas dois ou três anos, déficits comerciais tradicionais, como o do setor elétrico e eletrônico no País. Tão pouco acabar com a diferença tecnológica que separa o Brasil dos países desenvolvidos, em vários setores.

Acreditamos que a política industrial contribuirá para o desenvolvimento do País e para uma maior e melhor inserção externa da economia brasileira. Um ponto absolutamente fundamental é que ela ajudará o setor produtivo para um salto de qualidade - necessário -, em direção à produção de bens e serviços de maior valor agregado e mais intensivos em tecnologia. Nesse sentido, as medidas para a política industrial têm algumas metas básicas.

Todos sabemos que nossas taxas de investimento ainda são muito baixas, comparadas às de outros países em desenvolvimento. Para que o crescimento seja sustentável no longo prazo, é fundamental o aumento dos investimentos, que traz o aumento da capacidade produtiva da economia, de modo geral, e da indústria, em particular.

Atualmente, a competitividade e a produtividade dos países e de suas empresas são fortemente determinadas pelo avanço tecnológico. A tecnologia explica, também, boa parte do crescimento econômico dos países. Por isso, precisamos ampliar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e na produção de novas tecnologias.

Enfim, como eu disse antes, é um discurso muito bonito. Eu só anseio por ver tudo isso na prática. O dia em que o Brasil tiver uma política industrial digna de receber o nome de Política Industrial, certamente estaremos caminhando para um desenvolvimento sustentável sólido e uma economia mais estável. Para quem estiver a fim de ler a reportagem completa com a entrevista na íntegra, é só clicar aqui. Vale a pena.

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E a primeira notícia que leio hoje:

01/01/2008 - 09h14
Cresce temor de recessão nos EUA em 2008

Feliz 2008