sexta-feira, 30 de junho de 2006

Ser ou não ser de ninguém?

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”. No entanto passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração “tribalista” se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas é legal? Evidente que sim. Mas pq reclamam depois? Será que os grupos tribalista se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde “toda ação tem uma reação”. Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, pra ficar só com a cereja do bolo – beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc.
Nessa modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança.

A nova geração prega liberdade, mas desconhece a delicia de assistir um filme debaixo das cobertas, num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade. Carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amar, ter alguém pra fazer e receber cafuné, um colo pra chorar, uma mão para enxugar as lágrimas, enfim, é ter alguém pra amar.

Podemos aprender amar se relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autentico e se permitir viver um sentimento... é arriscar, pagar pra ver e correr atrás da felicidade do dar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... é não ser livre para trocar e crescer... é estar fadado ao fracasso emocional e a tão temida solidão.

Adaptado de Mônica Montone, estudante de pscicologia PUC-SP e poeta

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Axe | Coin

Para pessoas desocupadas..

quarta-feira, 14 de junho de 2006

O poder do jogo


A Terra está rumo a estagnação, paralisação... Não, não se apavore, o planeta continuará girando sobre ele e ao redor do sol. O que estou enfatizando é o planeta bola. Em dias de jogo do Brasil, por duas horas - intermináveis para os que o repudiam e míseras para os fanáticos adoradores deste esporte - o Brasil irá se curvar ante vinte e três pares de pernas, que só o que fazem é corres atrás de uma esfera circular.
Está havendo uma sobrecarga não sobre os jogadores ou seleções, nem proviniente da mídia ou torcida, refiro-me à valorização excessiva que é lançada sobre um único evento. Sacadas de prédio são bordadas por bandeiras, carros enfeitados com o símbolo nacional, estabelecimentos devidamente decorados.. e por quê??
Horários alterados e folgas concedidas, aulas canceladas configuram o contexto no qual somos obrigados a nos adequar. O resto?? ... é resto, e não merece relevância, assim pensam os órgãos de comunicação e inclusive muito de nós, povo.
Então, assim seja, nos basta torcer para que mudemos essa perspectiva ou nos acomodemos à poltrona com um saco de pipoca ao lado, vestindo a "amarelinha" e gritando: "Vai Ronaldo, chuta!".. A propósito, fica uma pergunta: torcemos porque gostamos e nos interessamos ou porque nos é imposta essa condição??

Sobre o Blog

Com o intuito de expressar suas idéias, ideais, ideologias, etc.. alguns "josés", inconformados com o sistema (e com quase tudo que nele há), encontraram este simpático espaço no universo, aberto às suas concepções.
Espaço este, que procurará ser utilizado da melhor maneira possível, sempre buscando transmitir ao leitor informações de alto nível com comentários e opiniões reflexivos.
É importante salientar que todo e qualquer material aqui postado, em nenhum momento buscará a imparcialidade, ficando a critério do leitor ponderar a respeito e tirar suas próprias conclusões. Acreditamos que cada indivíduo é livre para acreditar no que/onde/quando quiser, sendo assim, condenamos veemente qualquer tipo de pré-conceitos, seja ele racial, ideal ou de qualquer outra sorte. Portanto, as informções encontradas neste humilde blog são (apenas e exclusivamente) de opinião de seus autores, não se traduzindo, necessariamente, em senso comum ou "verdade absoluta".

p.s.: Apesar deste ser redigido e postado por mim, todos parceiro e contribuintes de Le Nouveaux concordam e assinam este post.

terça-feira, 6 de junho de 2006

O começo

feito..
ao som de: SOAD - peephole!!