sábado, 19 de abril de 2008

Reviews




Left For Dead
Suspense: Em um vilarejo um “xerife-fantasma” manda (bala) em qualquer um que apareça. O então dono do lugar anos atrás teria sido cruelmente atormentado pelas mulheres da vila, e sua mãe morta diante de seus olhos. Logo surge o sentimento de vingança e justiça pelas próprias mãos. O filme é muito fraco, desprovido de cenas de suspense, cenários fraquíssimos e interpretações horríveis, que horror!
Nota: 1,8


A História de uma Abelha (Bee Movie)
Animação: Em uma colméia no Central Park as abelhas trabalham arduamente para fabricarem seu mel. Cada um com sua tarefa e sua responsabilidade em prol da colônia. Até uma abelha decidir quebrar aquele metodismo instalado na colméia e descobrir que os humanos ‘roubam’ o mel e escravizam abelhas para aumentarem seus impérios. Já olhei animações melhores, mas até que se podem tirar alguns risos do filme. E o enredo podia ser melhor, talvez mais intenso com é o caso da Era do Gelo, por exemplo.
Nota: 2,8


Monstro (Cloverfield)
Ficção: Nova York atacada, de novo! Hollywood insiste em destruir a maior cidade dos EUA. Desta vez o filme é rodado em “primeira pessoa”, ou seja, o filme todo é filmado como se fosse uma filmagem caseira, onde amigos curtem uma festa e o tal monstro começa a aniquilar NY. Correria e fuga em busca da sobrevivência. Este foi mais um dos filmes com belos efeitos de destruição, apesar do roteiro nada original. A idéia da filmagem caseira foi muito bem bolada, apesar de muito profissional por vezes e cansativa, mas o filme é relativamente curto com seus 74 minutos. Pra mim ficou devendo!
Nota: 3,1

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Bolsa floresta

Bom, recentemente fui convidado, por meio da Eco Eco, para [re]publicar um artigo, desta vez na Revista Ibero americana de Economia Ecológica. A resposta ainda não chegou, mas vamos lá.

Tudo isso ainda remonta dos áureos tempos da monografia de conclusão do curso, ciências econômicas no caso, que acabou se tornando um estudo da situação do Brasil no mercado de carbono. Ok, parece estranho para muitos, inclusive, a pasta Monografia nem estava dentro da pasta Economia.

Acontece que rola um sentimento recorrente em todas as releituras da monografia, o desconforto em relação a não valorização das florestas quando mantidas conservadas, que pode ser melhor explicado pela frase de Hylton:
“Eu estou em um mundo em que nós testemunhamos o conflito crescente entre segurança alimentar, segurança energética e segurança ambiental – enquanto há como se ganhar dinheiro com comida e energia e nenhuma renda procede das florestas de pé, é óbvio que a floresta sofrerá o golpe.”
Então, depois de concluir a edição do artigo, pude ler meus feeds e perceber que o Ministério do Meio Ambiente está tentando criar, ainda neste ano, uma espécie de "bolsa-floresta", com o pagamento de valores mensais a agricultores que realizem a "prestação de serviços ambientais", como a conservação de florestas ou recuperação de áreas degradadas, segundo a mesma matéria a proposta ressuscita o Pró-Ambiente, um projeto pioneiro que nunca ganhou escala.

FEITO!

sábado, 5 de abril de 2008

Reviews


Gabriel – A vingança de um anjo
Ficção: Anjos são enviados à Terra para salvá-la da escuridão eterna. Lutas são travadas entre o bem e o mal e anjo após anjo eles vão sendo eliminados. Até o surgimento de Gabriel e sua raiva incondicional. O filme é daqueles que o enredo é deixado de lado em prol de lutas e sangues. Este seria o único ponto positivo, cenas bem feitas de luta, apesar de muito exageradas por vezes. Efeitos muito bons, apesar de surreais (demais).
Nota: 2,9



O Olho do Mal (The Eye)
Suspense: Jessica Alba, digo, Sydney é cega desde os 5 anos de idade e mal conhece o mundo através dos olhos. Até acontecer sua cirurgia de transplante de córneas e a oportunidade de apreciar tudo e todos pelo poder da visão. Mas mal saberia ela que poderia ver além, podendo enxergar espíritos e até predestinar a morte das pessoas. Há muito tempo que não assistia um suspense tão surpreendente, instigante e fascinante (e com uma atriz linda!). Ótimas cenas para os famosos sustos, belíssimo enredo e final maravilhoso.
Nota: 4,2

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Depois da China, a Índia.

Saiu na HSM Management (que apesar de ser uma revista para administradores, faz uma ótima cobertura no mundo dos negócios) que a fabricante de eletrônicos de consumo Videocon Industries, da Índia, fará uma proposta pela divisão de aparelhos celulares da Motorola, caso a companhia norte-americana decida vender o negócio. Motorola, que apesar de usar (e propagar) estratégia Seis Sigma, parece ir meio mal das pernas no momento.

Mas o que mais me interessa nesta história não é se a estratégia da Motorola foi bem ou mal sucedida, mas sim a postura da indústria indiana. Ainda semana passada foi anunciada a compra da Land Rover e Jaguar, ambas ex-grupo Ford, pela Tata, empresa automobilística também indiana.

Isso só nos permite afirmar que, apesar de como foi comentado por aqui semana passada que a Índia precisa mais-que-urgentemente de reformas -- idéia reforçada hoje no Financial Times --, o seu setor industrial não parou e continuou desenvolvendo tecnologia, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país. Qual empresa brasileira é desenvolvida tecnologicamente o suficiente para comprar um segmento da Motorola? Não vou citar o setor automobilístico brasileiro para não passar vergonha.

A China já começou suas compras há um tempo, sendo talvez a mais considerável delas, a compra de participações da IBM pela LeNovo que, ao que tudo parece, vai muito bem, obrigado.
Vale lembrar que me refiro a setores de média-alta e alta tecnologia, e não média-baixa e baixa como costumam ser as compras de empresas brasileiras.

E em se falando de países emergentes a pergunta que nos resta é: e o Brasil? A meu ver, a melhor resposta seria: até agora nada, mas parece (ênfase em *parece*) que aprendeu a lição.

| Via HSM

Músicas para meus ouvidos, por favor.

O assunto a ser tratado não diz respeito à dengue, mas também provém da cidade maravilhosa. Veio o início deste milênio e de brinde para as rádios e lares brasileiros ecoou um estilo musical nada conservador ou desprovido de censura que teve seu surgimento nas favelas do Rio de Janeiro, o funk. Historicamente, diz-se que o funk tem origem no rap, isso se tratando de Brasil, como um exemplo a crítica costuma citar Gabriel O Pensador (torço para que ele não saiba disso).

Então, concordo com aqueles que dizem que gosto musical não se põe em discussão, uma vez que é pessoal, mas daí um estilo musical moldar a cultura de um povo e criar uma imagem para aqueles que vêm de fora, já é outro assunto. Não que eu queira aqui também defender nosso nada desinibido país, uma vez que se tem (e se apresenta para o mundo afora) o carnaval brasileiro. Mas bem que se poderia, pelo menos, não piorar a situação.

Tento, mas não consigo extrair pelo menos um aspecto positivo dos tais funks. Possuem letras – além de incentivadoras a falta de pudor – insignificantes. Basta analisar a letra de músicas como Minha Égua Pocotó, Tchu Tchuca ou os hits do momento Piriguete e Créu – só o título das músicas já dizem tudo, sinto um misto de vergonha e repugnância.

Na semana passada surgiu a notícia que através da música Um Tapinha Não Dói, o Furacão 2000 foi indiciado e terá que pagar uma multa no valor de 500 mil reais. Hoje talvez eu entenda porque célebres figuras da MPB e do rock nacional, tais como Renato Russo, Cássia Eller ou até mesmo Tom Jobim entre outros, foram para a outra vida mais cedo. Talvez eles previssem este perfil indecoroso e destrutível da música brasileira.