quarta-feira, 16 de julho de 2008

Liberalismo para liberal ver

É do saber de todos que os idealizadores deste blog não são muito simpatizantes dos ideais liberais. A começar por mim, é claro. É claro também, que não sou a favor do totalitarismo ou afins. Acredito que a economia de mercado, de livre concorrência, é imprescindível para o desenvolvimento. Mas acredito também que em certas circunstâncias/situações, o governo precisa intervir para dar um "empurrãozinho" -- pois caso ele não faça, ninguém mais o fará.

Porém, há os liberais fanáticos, crentes na mão invisível e que criticam veemente qualquer tipo de intervenção estatal na economia. Para justificar suas idéias, dão como exemplo o maior de todos, a potência mundial, os Estados Unidos da América. Porque, afinal, a América é livre!

Livre é, só não é imune a crises. E digo, mais certo que os liberais extremistas, estava Nietzsche com seu eterno retorno.

Assim como o New Deal -- que nada mais foi do que um conjunto de idéias Keynesianas *heterodoxas* intervencionistas -- foi a salvação para "américa" depois da crise de 29, eis que a mão invisível esquece de aparecer (de novo) e o governo americano resolve dar uma ajudinha para Fannie Mae e Freddie Mac. Ajudinha, porque eles são bonzinhos, afinal.

E ainda assim são chamados de liberais. Intervêm diretamente na economia, dão subsídios para Deus e mundo, invadem países, retaliam nações, enforcam presidentes, mas são liberais: laissez faire, laissez aller, laissez passer. É claro que são.