domingo, 16 de julho de 2006

Pronomes sem Nomes

Esta foi a primeira vez que fui até lá só para ver ELA, estava tudo ajeitado, combinado, esquematizado. Porém – odeio “porens” – foi ELE quem me recepcionou, irmão DELA. Entramos e sem demora A vi, linda e radiante estava na sala assistindo televisão. Sem iniciativa alguma apenas respondo ao oi que me foi originado por ELA. Não demora muito ELE avisa que só ia dar um telefonema, NOS deixando a sós.

Cena clássica: um silêncio persistente e tão intenso que se ouve até o pulsar do coração – não o MEU, mas o DELA. Tento iniciar uma conversa e percebo que a ansiedade é evidente em ambos. Sem demora ELE volta e diz que uma amiga DELES está por chegar e quer muito ME conhecer.

Fico sem entender, mas devido ao nervosismo instalado, sequer questiono algo. Porém – esse foi bom – ELA procura saber o porquê SUA amiga quer ME conhecer. ELE mais desconfiado ainda, e agora já revoltado, diz que saberemos quando ELA chegar.

Então durante a espera da tal amiga, ELE realizou basicamente um “pequeno questionário” sobre a MINHA vida pessoal, e quando SUA irmã ia falar algo era ríspido, apenas com gestos.
Não muito se passou e ELA chegou, sorrindo. ELE vem até MIM e cochicha que esta SUA amiga é magnífica, guiando-ME a direção DELA. A irmã por SUA vez, já ciente do que ocorria, foi se manifestar e ELE mandou ELA se calar. A amiga ME olha sorrindo, EU olho para outra que apenas abaixa a cabeça, desolada. Volto a ELE apenas para dizer que foi um desprazer conhece-LO. Bom como havia dito fui lá apenas para vê-LA!