terça-feira, 22 de maio de 2007

Trevo da sorte #2

Neitorzinho, garoto serelepe, andava com sua bicicletinha vermelha de rodas amarelas maciças pelos fundos da casa.. até que..uau! um vaso cheio de trevos! Ele (o vaso) estava no pátio da vizinha, a “tia” Maria, quase em cima do pequeno muro que divide as duas casas.. Havia trevos de todos os tamanhos lá, mas em sua maioria eram pequeninos, não lembro quanto tempo fiquei olhando eles, alguns minutos, 10 ou 20..quiçá horas.. realmente não me lembro, afinal, eu tinha todo o tempo do mundo para olhar um pote de trevos, o tempo passava diferente, acho.


Olha pra cá, olha pra lá, estava extasiado só de olhar (como é legal procurar trevos de quatro folhas!) e pimba! Achei! O mundo silenciou..relutei alguns instantes, até conferir, com um sorriso sinistro no rosto, que realmente era um trevo que quatro folhas.yeahhh!! Com todo o cuidado do mundo, retirei o pequeno trevo (de quatro folhas, ressaltando) da terra.. puxei o freio da bicicletinha, abriu-se assim um espaço e soltando o freio ali prendi o trevo pela sua haste, pronto..agora o trevo fazia parte da bicicleta, sai pedalando feliz feliz, mostrei o trevo para algumas pessoas (pra minha irmã eu sei que mostrei) e depois, como tudo nas mãos de uma criança, o trevo se perdeu..

Já consternado com a situação e sem a euforia de outrora, voltei ao pote de trevos, e sem paciência de procurar forjei um novo trevo de quatro folhas, juntando dois trevos, um com três, outro com uma folha (arranquei duas deste). Coloquei no mesmo lugar na bicicletinha.. mas não foi e mesma coisa, este(s) eu joguei fora antes de fazer os primeiros 20 metros pedalando, quase que envergonhado pelo que fiz.. bom..não tenho fotos, vídeos e não achei outro trevo de quatro folhas..

* minha irmã também não tem certeza
* eu e nenhum dos meus amigos usávamos drogas
* as rodas da bicicleta eram duras mesmo, maciças, uma tremedeira total, e foi nela que eu aprendi a andar de bicicleta.