quarta-feira, 6 de junho de 2007

Gaúcho pride

Já foi discuto aqui há algum tempo essa questão de valores culturais e tudo mais. Conclui que com esses valores não se meche, muito embora já ter dito Leo Strauss no ápice de sua sabedoria: "If all values are relative, then cannibalism is a matter of taste". Mesmo assim, por mais esforçado que você seja, dificilmente irá conseguir mudar as mentes de pessoas que pensam pequeno e enxergam apenas o próprio umbigo.

Vagando blogosfera afora, encontrei esse texto bem interessante sobre o tal "gaúcho pride" e, pasme(!!!), vindo de uma (ao que tudo indica) gaúcha. Fico realmente feliz ao ver que existem pessoas que pensam exatamente como eu penso, o que me faz sentir de alguma forma aliviado.

Bom, um resumo rápido. Tudo começou quando o deputado Onyx Lorenzoni foi ao Jô Soares com seu inseparável kit chimarrão que, a meu ver, é muito mais um exibicionismo do bairrismo gaudério do que pelo próprio "prazer/vontade" de tomar água fervendo com pedacinho e gosto de mato. Daí o Reinaldo Azevedo resolveu dar o seu pitaco a respeito e a Tia Cris só complementou:

Poucas coisas são tão RIDÍCULAS quanto a mania do gaúcho de viver a berrar para o mundo sua "gauchice".

(...)

Caro conterrâneo: antes de sair afirmando sua proveniência por aí, pare dois segundos para pensar SE POR ACASO ALGUÉM SE IMPORTA de onde você vem ou deixa de vir, e qual a relevância disso para o resto da humanidade. É apropriado para, ao menos, poupar o filme daquelas pessoas que nasceram no mesmo lugar que você, mas, diferentemente de você, não dependem de origem, pátria ou região para possuir uma identidade.

Taí! Falou e disse!