Há uns três posts atrás, eu disse que no meu ponto de vista, a China estava fadada a ser o eterno país em desenvolvimento. Ainda no domingo a Mirian Leitão disse em seu blog (e em sua coluna no Globo) que não só o Brasil ou a China tem problemas com crescimento, mas todos os países do BRIC (so called "em desenvolvimento") enfrentam diversos gargalos que dificultam o desenvolvimento propriamente dito.
Em sua coluna de domingo, enfatizou que tanto a Índia como a China, tem ainda grandes problemas a resolver. A Índia com seu Estado superpopuloso e ineficiente, carece de reformas tanto quanto o Brasil de caráter mais que emergencial. O problema da China é com seu modelo de sustentabilidade ambiental, tão em vogue nos últimos tempos -- mas não sem motivos, a bem da verdade. Com o upgrade de indústrias leves para indústrias pesadas, a quantidade de siderúrgicas no país aumentou e com elas, a poluição e a chuva ácida. Estima-se que cerca de 400 mil chineses morrem por ano vítimas da poluição, um número bastante assustador.
Enquanto isso o Brasil -- em se abstraindo fatores como burocracia, corrupção, politicos e afins --, precisa urgentemente de uma política industrial eficiente que fomente o tão almeijado desenvolvimento técnico-científico e incentive investimentos em P&D, e a Rússia, bom, a Rússia já é um problema per se.
Dessa forma, os países então considerados do futuro estão ficando cada vez mais do futuro, e isso, diferentemente da gíria "bressânica", não é coisa boa.
| Link para o post da Mirian Leitão aqui.
quinta-feira, 27 de março de 2008
E mais uma vez a China
Postado por Luis Henrique às 15:27
Marcadores: China, Economia, Economia Industrial
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