quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A novela do eucalipto

A revista da madeira, nº. 107 - ano 18 - Setembro de 2007, faz uma bela análise das pesquisas já feitas e cita uma série de conclusões sobre o eucalipto, essa árvore que gera tanta polêmica, e é uma das espécies mais estudadas no mundo. Geralmente apontado como vilão do solo, pelas acusações, infundadas, de ser um consumidor excessivo de água, e que expulsa outras espécies vegetais e animais onde se instala, entre outras besteirinhas.

Pura especulação, pois nada foi cientificamente comprovado. Basicamente, o consumo de água, dito exagerado corresponde proporcionalmente à criação de biomassa (facilmente transformada em energia) e não difere da média das outras culturas, assim como a demanda de nutrientes, que mesmo sendo alta, não destoa de outras culturas de rápido crescimento.

E ainda “Outro importante fator positivo é o potencial de seqüestro de dióxido de carbono – CO2, que, conforme pesquisadores é gigantesca, porque árvores jovens de grande produção de biomassa e de curto ciclo necessitam grandes quantidades de CO2 para a sua síntese. O potencial de seqüestro de CO2 é considerado, pela maioria dos pesquisadores, um dos principais, senão o principal, critério na avaliação do benefício eco-ambiental de uma planta.”

Acontece que, enquanto a falta de energia e o aquecimento global não extrapolarem os limites aceitáveis a monocultura de eucaliptos vai ser duramente criticada, assim como a monocultura da cana de açúcar, que gera o nosso álcool combustível. Penso que ambos são de extrema importância em um contexto de transição, do atual sistema baseado e também viciado em petróleo para a era pós-petróleo, e, diga-se de passagem, a transição não será curta nem fácil.

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Aliás .. olha o Paraná aí gente .. parece que eles saíram na frente na questão das sacolas biodegradáveis, ou, pelo menos, na redução do uso das sacolas plásticas convencionais, que no final das contas, acabam no lixões