segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mercado de Carbono e mais ..

Se Al Gore pede valentia moral na luta contra o aquecimento global é porque a luta está enfraquecendo, não? Ou seria a sua candidatura mesmo? Bom .. saindo da área política, o que não é o mais certo a se fazer ¹ em se tratando de aquecimento global, de fato, o combate ao aquecimento global, nos moldes do Protocolo de Quioto, começa muito tímido. É com profunda tristeza, do ponto de vista, atual, brasileiro ², que constato aquilo que, tomara, seja uma simples fraqueza momentânea do mercado de carbono, que convenhamos, não está nem um pouco aquecido.


¹ explico: todo e qualquer mercado depende da vontade política, e não seria diferente com o mercado de carbono e, este, por envolver o mundo e todas as suas peculiaridades contra uma ameaça ‘invisível’ para quem não quer ver, se constrói sobre uma base não muito sólida. Em parte a não aceleração desse mercado pode ser causada pela falta de regulamentação, o que não transmite confiança e clareza ao mercado, e também, esta 'regulamentação' é, mas não deveria ser – grifo meu – baseada em imposições aos países e respectivas empresas, aí entra o ²

² do ponto vista brasileiro, tudo, ainda, é muito cômodo, o país investe em projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) e recebe uma boa grana, dos países/empresas que são obrigados a reduzir a poluição. Acontece que, caso ninguém reparou, esses países que tem que pagar, pagar e pagar pelos erros (?) não ficam nada felizes com isso. E o Brasil, junto com o BRIC, está na mira do Protocolo de Quioto, dessa vez com outros olhos. Tudo indica que o BRIC terá suas metas de redução de emissões, porém, diferenciadas. E aí? Complica um pouco né?


O (?) é para suscitar a duvida do que foram realmente os erros, os países desenvolvidos poluem? Poluem, mas quanto disso é ‘erro’ quanto podia ter sido evitado? Como isso deve ser punido? Deve ser punido? Daqui deve sair uma discussão teórica chatíssima, ou não, com poder de criar vários livros e várias opiniões, que levarão a nada, até que o mundo exploda. Então eu não vou começar.


Por isso eu sou um defensor das políticas internas, imbuídas de consciência ambiental, que se reflitam em qualidade de vida, na verdade. A ajuda externa (MDL) que mascara as dificuldades brasileiras de investimentos, com um dinheiro 'fácil' deveria ser posta em segundo plano, pois devemos pensar em garantir a sustentabilidade das políticas que favorecem a sustentabilidade.