sábado, 20 de outubro de 2007

Review: Tropa de Elite


Favela, armas, narcotráfico, guerra entre policiais e traficantes, etc. Estes seriam elementos tradicionais de um filme nacional, certo!? Desta vez não foi diferente, porém, digamos, de uma visão díspar dos demais filmes como Cidade de Deus ou Cidade dos Homens. Em Tropa de Elite (2007), o filme nacional mais esperado e comentado do ano, o foco central é dado à Polícia Militar e seu relacionamento com os traficantes das favelas do Rio.
No filme, o Capitão Nascimento (Wagner Moura) é um dos integrantes do BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e está à procura de um substituto para ocupar o seu lugar. O único problema é achar um policial honesto e não-corruptível a altura de sua personalidade. Este é o ponto onde entram na trama Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro), dois amigos de infância que sonham em fazer parte da Polícia Militar, mas se sentem frustrados quando vêem a realidade desmoralizada na qual ocorre dentro da organização, onde se encontram policiais corruptos das mais variáveis formas.
O filme tem sido o assunto do momento, seja pelas cenas de torturas exibidas no filme ou seja pela sua liberação na rede mundial de computadores ou nos camelódromos antes mesmo de sua estréia nacional, que segundo cineasta José Padilha (diretor) as investigações demonstram que “o elo entre o cara que roubou e o mercado de pirataria é a PM, o que comprova a tese do filme”. Outro fato curioso foi que durante as filmagens em 2006, no Rio, a equipe foi vítima de um roubo, onde os ladrões levaram todo um carregamento de armas cenográficas.
Esse país deu bom hein.. digo.. esse filme é excelente! Só faltou matar mais alguns traficantes, mas a idéia do filme sendo levada em conta e o/a Brasil/Polícia se tornando menos corrupto/a começaremos a andar para frente.