sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Brasil e o Grau de Investimento

Muito tem se comentado por aí sobre o tão almejado investment grade, ou grau de investimento -- uma classificação concedida pelas agências de risco aos países com baixo risco de calote, no bom e velho português -- que, ao que tudo indica, será concedido ao Brasil no próximo ano (apesar de alguns pessimistas jurarem de pé junto que isso só acontecerá em 2009).
Fato é que essa classifcação está vindo, não sabe-se quando, mas vem. A questão então é: o que isso de fato refletirá para o consumidor?
Como toda área de economia que se preze, há duas interpretações sobre assunto. Desnecessário dizer que uma é diametralmente oposta à outra.
A primeira diz que o grau de investimentos não acarretará em profundas mudanças para o consumidor, isso porque, como já há algum tempo vem sendo prometido o tal grau, a economia naiconal já está se adaptando gradualmente a ele, sem nem mesmo tê-lo, o que é muito perigoso, diga-se de passagem.
A outra diz que haverá, dentre outras coisas, um impulso ao consumo, sobretudo pela diminuição dos juros, aumento dos prazos de pagamento e do crédito disponível aos consumidores. Além disso, com o conseqüente crescimento da economia brasileira, haverá a criação de empregos e aumento da renda, o que também acelera o consumo consideravelmente e todos vão viver felizes para sempre.
A meu ver, nenhum dos dois pode ser considerado totalmente errado. Que a economia está se adaptando paulatinamente (eu sempre gostei dessa palavra), ninguém pode negar. É só sair na rua e perceber como é fácil conseguir crédito, desde concessionária de automóveis até lojas de roupas, onde você for, eles te dão crédito¹. No entanto, também não sou cético o suficiente para acreditar que nada vai mudar, acho que tem muita água para rolar ainda.
Quisera eu conseguir acreditar em tudo que dizem os otimistas, mas a realidade, infelizmente, é bem mais cruel.

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¹ Vale ressaltar que esses créditos oferecidos a Deus a ao mundo não necessariamente é bom at all. Deve se tomar muito cuidado para que o Brasil não caia na mesma armadilha que os Steits, com créditos podres, subprime e tudo mais. Mas isso é assunto para um outro post. Stay on! =)